Panorama epidemiológico da neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões: a internação em foco.

Panorama epidemiológico da neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões: a internação em foco.

• Autor
• Isabel Cristina Borges de Menezes
• Co-autores
• Christyan Polizeli de Souza , Joaquim Ferreira Fernandes , Mercielle Ferreira Silva Martinelle , Raquel Rios de Castro Pontes , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
• Resumo

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  Introdução: A neoplasia é um acometimento decorrente da diferenciação e do crescimento celular desordenado, que pode ser classificada em maligna e benigna. O câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade, por câncer, no Brasil, e é responsável pelo aumento de internações no SUS (1). O tabagismo é o fator de risco mais significativo, além de ser o fator desencadeador de cerca de 90% dos casos dessa doença. No entanto, há diversos outros elementos que influenciam no prognóstico, como: escolaridade, etnia, sexo e faixa etária (2). O diagnóstico precoce é imprescindível para a redução dos números de óbito e de internações, mas ainda é um desafio a ser superado pelo país. Objetivos: Analisar a taxa de internações no SUS, por neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões, em relação às regiões do Brasil, o sexo e à faixa etária. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, com dados coletados no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), na plataforma do DATASUS, do período de julho de 2008 a julho de 2018. Os dados eram referentes às internações, por neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões, considerando a região do Brasil, o sexo e a faixa etária dos pacientes. As estatísticas, descritiva e inferencial, foram realizadas com o auxílio do software BioEstat® 5.3. Para a estatística inferencial foi utilizado o teste de correlação linear de Pearson, com nível de significância de 5%. Resultados: No período analisado, houve 248.737 internações, por neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões, no Brasil. A região Sudeste foi a mais acometida, com 114.228 (45,9%) internações, e a região Norte, a menos acometida, com 7.605 (3,1%) notificações de internações. As regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram, respectivamente, às seguintes taxas de internações: 29,1% (n=72.297), 16,3% (n=40.433) e 5,7% (n=14.174). O sexo masculino superou o feminino, em relação ao número internações, com o registro de 142.040 (57,1%) casos. Em relação à faixa etária, observou-se que indivíduos de 60 a 69 anos foram os mais acometidos, com 33,7% (n=83.695) das internações, e aqueles, com faixa etária inferior a 1 ano, apresentaram a menor taxa de internações (0,09%; n=228). O teste de correlação linear de Pearson revelou forte correlação positiva (r=0,7198; p=0,0083), ou seja, conforme a faixa etária aumenta, a taxa de internações, por neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões, também aumenta. Conclusão: A partir deste estudo, foi possível observar as extremidades da distribuição das internações, por neoplasia maligna de traqueia, brônquios e pulmões, no Brasil. Além disso, os dados supracitados podem auxiliar no manejo dos pacientes, com essa doença, permitindo otimizar os mecanismos que elevam a qualidade de vida e o estabelecimento de planos específicos e personalizados para os pacientes, tendo em vista as apresentações estatísticas em relação ao sexo e à faixa etária.

   

• Palavras-chave
• Neoplasia, Pulmão, Epidemiologia.
• Área Temática
• Oncologia

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