Neoplasia maligna do pâncreas no Brasil: uma abordagem epidemiológica

  • Autor
  • Christyan Polizeli de Souza
  • Co-autores
  • Isabel Cristina Borges de Menezes , Joaquim Ferreira Fernandes , Mercielle Ferreira Silva Martinelle , Raquel Rios de Castro Pontes , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
  • Resumo
  • Introdução: A neoplasia maligna do pâncreas, no Brasil, é responsável por 4% do total de mortes, por câncer, sendo considerado a oitava causa de morte por malignidade. A maioria dos pacientes, que é diagnosticada, está em fase localmente avançada ou metastática da doença. Os fatores de risco, que estão relacionados ao câncer de pâncreas, no Brasil, são: o aumento de idade, geralmente, com pico entre 70 e 80 anos, o tabagismo, a obesidade, o sedentarismo, o diabetes mellitus e o baixo nível socioeconômico (1). O único tratamento, atualmente, com potencialidade de cura, para o câncer de pâncreas, é a ressecção cirúrgica, embora as taxas de recorrência sejam elevadas (2). Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da neoplasia maligna do pâncreas, no Brasil, entre 2007 e 2019. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo e observacional. Para a coleta dos dados, foi usado o DATASUS, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Observou-se a taxa de mortalidade e a quantidade de internações, por neoplasia maligna do pâncreas, segundo regiões do Brasil, faixa etária e etnia, no período de 2008 a 2019. Resultados: No período avaliado, foram registrados 92.791 casos, de neoplasia maligna do pâncreas, no Brasil, sendo que houve aumento de 2007 a 2008 de 3.697 casos, após isso de 2008 a 2019 houve aumento médio de, aproximadamente, 648 casos por ano. A região com maior incidência de internação, por câncer de pâncreas, foi a região Sudeste (50%), seguida da regiões: Sul (26%), Nordeste (15%), Centro-Oeste (6%) e Norte (3%), sendo predominante em idades entre 60 a 69 anos (30%), seguida de idades entre 50 e 59 anos (24%), 70 e 79 anos ( 21%) e as idades inferior a 49 anos (15%). Não houve diferença importante entre o sexo masculino (50,5%) e o feminino (49,5%). Em relação à etnia, foi notado incidência maior na branca (61%), seguida pelas etnias: parda (33%), preta (5%), amarela (1%) e indígena (< 0,1%). A taxa de mortalidade, por 100.000 habitantes, foi maior no Norte (30,19) e menor no Nordeste (24,93). Conclusão: A partir deste estudo, foi possível identificar a incidência maior, no Brasil, da neoplasia maligna do pâncreas, em pacientes de 70 a 80 anos de idade. A região com maior incidência foi a Sudeste, devendo-se ressaltar que nesse território é comum situações, como: tabagismo, obesidade, sedentarismo e parcela da população sem condições para alimentação adequada. Finalmente, o tratamento tardio pode ser a causa da região Norte ter a maior taxa de mortalidade do país.

     

  • Palavras-chave
  • Neoplasia; pâncreas; perfil epidemiológico.
  • Área Temática
  • Oncologia
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O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão. 

O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.


O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições:  Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.


Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.

  • Clínica Médica
  • Oncologia
  • Hematologia
  • Clínica Cirúrgica
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Comissão Científica

Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos