Neoplasia maligna da mama entre as mulheres jovens no Nordeste: perfil epidemiológico de 2009 a 2019

Neoplasia maligna da mama entre as mulheres jovens no Nordeste: perfil epidemiológico de 2009 a 2019

• Autor
• Amanda Vanessa Bandeira de Araújo Cavalcanti
• Co-autores
• Gabriel José Torres da Silva , Maykon Wanderley Leite Alves da Silva , Sthylla da Conceição Antão , Zion Carvalho da Silva , Mayara Leite Alves da Silva
• Resumo

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  Introdução: A neoplasia maligna da mama (NMM) é o tipo de câncer mais comum entre mulheres e apresenta forte tendência de aumento, sendo um dos mais graves problemas de saúde pública do Brasil. Em mulheres jovens, a literatura diz que é incomum, porém, há pior prognóstico e o diagnóstico exige um alto índice de suspeita clínica. Por isso, é importante que ocorram estudos da NMM nesse segmento populacional para que sejam implementadas medidas preventivas corretas. Objetivo: Definir o perfil epidemiológico da neoplasia maligna da mama no Nordeste de 2009 a 2019. Método: Foi realizado um estudo observacional, retrospectivo, de cunho quantitativo, com análise do período de 2009 a 2019 dos dados registrado no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, por meio das internações do CID-10 de neoplasia maligna da mama. Houve análise das seguintes variáveis: internações, estados do Nordeste, faixa etária, cor, valor total e taxa de mortalidade. Foi dividido dois grupos para o estudo: grupo 1 mulheres até 50 anos de idade e grupo 2 mulheres maiores de 50 anos; onde ocorreu comparação entre as variáveis dos grupos. Aplicou-se análise descritiva e análise das frequências relativa e absoluta. Resultados: Foram registradas 129.123 internações por NMM entre 2009 e 2019, dessas 36,7% eram do grupo 1 (n=54.556) e 42,3% do grupo 2 (n=74.567); isso demonstra um número considerável de NMM em mulheres jovens, não sendo, portanto, tão incomum, apesar de não ter sido a maioria. Ademais, durante o período estudado, no grupo 1 a taxa de mortalidade média foi de 6,14% e no grupo 2 foi de 8,93%, as quais ambas tiveram tendência de crescimento irregular; tal resultado demonstra um aumento da mortalidade de NMM. O valor total gasto com NMM no grupo 1 foi R$ 117.707.768,85 reais e no grupo 2 foi R$ 165.636.953,98 reais. A cor mais frequente foi a parda em ambos os grupos, com 61,6% (n=33.587) no grupo 1 e 63,1% (n=47.042) no grupo 2. Houve predominância de Bahia e de Pernambuco entre os estados nordestinos, em que juntos representaram 54,6% (n=29.769) no grupo 1 e 53,0% (n=39.477) no grupo 2 do total. Conclusão: Há um número considerável da NMM em mulheres jovens, que deve ter uma extrema atenção clínica, uma vez que esse segmento necessita de uma grande suspeita para realizar os exames necessários para ter o diagnóstico, e também um adequado rastreamento para obter diagnósticos mais precoces e diminuir a taxa de mortalidade, a qual é crescente, visto que é um tipo de câncer com forte tendência de aumento e o mais comum entre mulheres; tais fatos constatam a carência da prevenção da saúde. Os gastos da NMM são altos, o que corrobora mais ainda para a necessidade de medidas preventivas e rastreamento, com intuito de minimizá-los. Houve predominância da cor parda na Bahia e Pernambuco entre os estados do Nordeste em ambos os grupos estudados.

• Palavras-chave
• Neoplasias da Mama, Morbidade, Epidemiologia Descritiva
• Área Temática
• Oncologia

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