Introdução: Atualmente, mesmo diante de grandes avanços na oncologia clínica, o câncer de cólon ainda é uma das principais causas de mortes, no mundo, uma vez que suas células permanecem resistentes a vários agentes citotóxicos (1). A incidência dessa neoplasia vem aumentando em vários países, como o Brasil, principalmente, devido à dieta e ao estilo de vida ocidentais, sendo que: a idade, a etnia e o sexo, também, são fatores que influenciam na incidência da doença (2). O uso de biomarcadores. Como: mutação em KRAS, NRAS, BRAF e o estado de instabilidade de microssatélites associados ao diagnóstico precoce, configura-se como avanços essenciais para o direcionamento de tratamentos adequados e, consequentemente, redução da mortalidade (3). Objetivos: Determinar o perfil epidemiológico de internações e mortalidade, por câncer de cólon, no Brasil. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Foi analisado o número de internações e a taxa de mortalidade, por neoplasia maligna de cólon, no Brasil, de 2008 a 2019; com delimitação de sexo, faixa etária e etnia. Resultados: No período avaliado, foram notificados 443.161 casos de câncer de cólon, no Brasil, sendo que estes aumentaram, gradativamente, em média, 3.225 casos por ano. Em 2008, foram notificados 22.419 casos e, em 2019, 48.923 casos. A região mais acometida foi a Sudeste (43,4%), seguida das regiões: Sul (31,9%), Nordeste (12,6%), Centro Oeste (6,6%) e Norte (2,5%). Não houve diferença importante entre o sexo feminino (50,2%) e o masculino (49,8%). Em relação à etnia, verificou-se predomínio da etnia branca (54,1%), seguida da parda (25,4%), preta (3,3%), amarela (0,9%) e indígena (0,04%), sendo 16,1% ignoradas. Verificou-se maior número de casos na idade de 60 a 69 anos (26,6%), seguida da faixa etária de 50 a 59 anos (23,4%). A taxa de mortalidade, por 100.000 habitantes, foi maior no Sudeste (10,06) e menor no Sul (6,02), com predomínio na idade maior de 80 anos (21,38), seguida de 70-79 anos (11,78), menor que 1 ano (8,60) e 60-69 anos (8,25). Conclusão: Foi possível evidenciar que a prevalência da neoplasia maligna de cólon, no Brasil, aumenta com a idade, mas diminui após os 80 anos, sendo o pico entre os 50 a 69 anos. Além disso, ocorreu mais nas etnias branca e parda, na região Sul e Sudeste, sem predileção por sexo. O tratamento precoce, pelo diagnóstico, com uso de biomarcadores, como: mutações em KRAS, NRAS e BRAF e com o estado de instabilidade de microssatélites, pode estar relacionado com a menor taxa de mortalidade, no Sul, mesmo sendo a região com a segunda maior incidência da doença. Com isso, retrata-se à situação apresentada, aspecto facilitador do desenvolvimento de medidas direcionadas ao diagnóstico precoce, por meio da caracterização de fatores de risco. Sugere-se, além disso, outros estudos para compreensão das diferentes taxas de mortalidade e fatores relacionados.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão.
O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições: Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.
Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.
Comissão Organizadora
Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Comissão Científica
Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos