Evolução da mortalidade proporcional por câncer de mama, próstata e pulmão no Brasil de 1979 a 2018

Evolução da mortalidade proporcional por câncer de mama, próstata e pulmão no Brasil de 1979 a 2018

• Autor
• Fernanda de Melo Franco Machado
• Co-autores
• Aline Almeida Braga , Ardala Policena Alexandre Fernandes , Isabella Beda Icassatti , Valeska Albernaz Cabral , Uirá Maíra Resende
• Resumo

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  Introdução: As neoplasias malignas, um conjunto de doenças com etiopatogênese e prognóstico distintos, comumente agrupadas sob a égide do termo “câncer”, constituem um importante problema de saúde pública e são a segunda causa mais comum de morte no mundo (ficando atrás hoje apenas das doenças cardiovasculares). No Brasil, alguns tipos de cânceres merecem destaque pela alta prevalência e/ou pela alta mortalidade associada. Objetivo: Analisar os dados disponíveis acerca da mortalidade dos cânceres de mama, próstata e de pulmão no Brasil. A escolha dessas neoplasias para análise justifica-se por ser o câncer de pulmão o neoplasma de maior mortalidade em ambos os sexos, o câncer de mama o tumor mais comum em mulheres e o de próstata o mais comum em homens. Método: Foram utilizados na realização deste trabalho os dados referentes aos parâmetros de mortalidade coletados pelo dataSUS no período de 1979 a 2018 referentes ao câncer de pulmão em ambos os sexos, ao câncer de mama no sexo feminino e ao câncer de próstata no sexo masculino. O delineamento utilizado para o estudo foi do tipo epidemiológico descritivo. Resultados: Segundo os dados colhidos no dataSUS, a taxa de mortalidade proporcional não ajustada do câncer de mama em 1979 era de 1,15% dos óbitos femininos e evoluiu para 3,02% no ano de 2018. Para o câncer de próstata, o índice de mortalidade proporcional em 1979 era de 0,54% e aumentou para 2,12% dos óbitos masculinos no ano de 2018. A contribuição do câncer de pulmão cresceu de 0,83% para 2,17% do total de óbitos (em ambos os sexos) no mesmo período. Foi visto que a dinâmica de mortalidade por câncer em curso é complexa e representa um grande desafio para o SUS. Além disso, a demonstração de contribuição crescente do câncer na mortalidade em diferentes proporções é de grande importância para o direcionamento de estratégias e políticas de assistência à saúde no Brasil. Conclusão: Conclui-se que ações visando a prevenção e o controle dos diferentes tipos de câncer são necessárias para reduzir o índice de mortalidade. As prevenções primária e secundária são essenciais na conscientização da população e detecção precoce e tratamento das doenças pré-malignas ou malignas, respectivamente. Como os recursos no Brasil são limitados e competem com outros problemas de saúde pública, a definição de prioridades é fundamental. Nesta perspectiva e com a abordagem multissetorial para promoção de saúde, haveria o aumento da possibilidade de prevenção, ou mesmo de cura se fatorarmos o diagnóstico precoce nesta equação, com consequente redução da morbimortalidade dos cânceres de mama, próstata e pulmão.

   

• Palavras-chave
• Câncer; Mortalidade; Oncologia.
• Área Temática
• Oncologia

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