Introdução: o planejamento reprodutivo, comumentechamado de planejamento familiar, garantido ao usuário do SUS, por meio da Lei 9.263/1996, cuida dos direitos sexuais e reprodutivos de homens e mulheres, adultos, jovens e adolescentes. Sendo estes, os de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas; direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos; direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de IST/HIV/AIDS; direito à informação e à educação sexual e reprodutiva. Em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, visando expandir as ações educativas e informativas sobre a saúde sexual e reprodutiva, além de disponibilizar alguns métodos contraceptivos através das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Nesse contexto, o Enfermeiro pode atuar na organização, execução, coordenação e avaliação das ações do programa, como também nas consultas e prescrições. Seu papel é fundamental e autônomo, pois repassa as orientações e informações sobre os métodoscontraceptivos, assim como apoia e acompanha quando existirem aqueles usuários que desejam ter filhos.Objetivo: relatar a experiência de ações educativas e consultas de enfermagem no setor de Planejamento Reprodutivo, de um hospital da capital maranhense. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, desenvolvido pelas acadêmicasde Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a partir das consultas de planejamento reprodutivo, oportunizadas durante a disciplina Saúde da Mulher, no período de novembro a dezembro de 2021.Resultados: observamos que no setor visitado existiam de fato as consultas de enfermagem, não apenas as entregas de anticoncepcionais ou abertura de processos para métodos irreversíveis; Eram realizadas ações de educação em saúde por enfermeiros que proporcionavam orientações relevantes, atuando de forma igualitária e que atendesse a todos os usuários conforme suas necessidades, utilizando ferramentas como powerpoint, vídeos e outros, que oportunizam o conhecimento sobre o aparelho reprodutor feminino e masculino e osdiversos métodos contraceptivos. Ressalta-se que em tempo de pandemia os atendimentos foram individualizados, restringindo a um casal por vez.Conclusão: é de grande relevância que o enfermeiro atue no planejamento reprodutivo, não apenas no contexto de prevenção de gravidez, mas também na concepção de forma segura. É necessário e urgenteque a comunidade saiba que, querer ter um filho também faz parte de um planejamento, e o enfermeiro deve atuar em todos os âmbitos com planos de educação em saúde. Implicações para a enfermagem: a experiência possibilita o processo ensino-aprendizageme a proposição de melhorias e transformações no atendimento para a busca da integralidade da atenção à saúde sexual e reprodutiva; Alerta para a necessidade de reforçar e avançar nas ações, tendo em vista que o enfermeiro atua como mediador entre o serviço e a população, buscando assim melhores estratégias para garantia dos direitos em saúde sexual e reprodutiva; Por meio deste, é possível também obter mais autonomia na área e se aproximar da comunidade.
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