Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS), devido ao fato de o leite materno agregar nutrientes necessários à criança em seu primeiro semestre de vida, recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. Entende-se, assim, o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) como a nutrição composta unicamente de leite materno, ausentes outros alimentos, sólidos ou líquidos. Promover, proteger e apoiar o AME é uma estratégia que faz parte do Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, acordo firmado pelo Brasil a nível mundial dentre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Nesse sentido, a educação em saúde, que se caracteriza pelo ensino de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e envolve práticas que colaboram para maior autonomia das pessoas para o autocuidado, se faz necessária. Assim, a adesão e duração do AME podem se mostrar reflexos de orientações de suporte ao aleitamento materno e o enfermeiro possui, dentre suas atribuições, o compromisso com a educação em saúde na atenção básica, atuando com destaque no cenário dessas orientações desde a gestação até o acompanhamento durante a puericultura tendo a incumbência de apoiar e incentivar o AME. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem na realização de educação em saúde com gestantes sobre aleitamento materno exclusivo até o 6o mês de vida na atenção básica. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado no período de prática da disciplina e Saúde da Mulher em uma Unidade Básica de São Luís, supervisionadas pela docente da Universidade Federal do Maranhão em consulta de enfermagem de pré-natal, no segundo semestre de 2021. Resultados: Ao final da consulta de enfermagem de pré-natal seguindo o processo de enfermagem e anotações na caderneta ou cartão da gestante, demos inícios às orientações cabíveis, chamando atenção para a importância do aleitamento materno exclusivo até o 6o mês de vida. Falamos inicialmente sobre o colostro, que contém mais proteínas e líquidos e auxilia o ganho de imunidade e proteção contra doenças, e sobre o leite maduro, rico em calorias, que garantirá ganho de peso e energia ao bebê, sendo assim a nutrição mais completa no primeiro semestre de vida. Abordamos sobre a livre demanda da amamentação e fortalecimento de vínculo e, ao fim das nossas falas, ouvimos sobre as experiências prévias, dificuldades, medos, preocupações, crenças e dúvidas, que foram sanadas com as explicações. Considerações finais: Foi possível perceber que, após as explicações e trocas, as gestantes saíram das consultas mais seguras e dispostas a aderir ao AME até o sexto mês de vida de seus filhos, sendo este momento de ensino essencial para o sentimento de confiança dessas gestantes sobre o aleitamento. Contribuições/implicações para a enfermagem: Em destaque o papel da enfermagem de garantir um acompanhamento efetivo durante o pré-natal, adotando ações de educação em saúde que favoreçam a adesão das mães à oferta do aleitamento materno exclusivo.
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