Introdução: para assegurar a melhoria da qualidade do cuidado nas instituições de saúde é essencial a adoção de práticas que promovam a segurança do paciente. Mediante tal fato, políticas, diretrizes, programas nacionais e internacionais procuram alcançar o cuidado seguro. No ano de 2008, a Organização Mundial de Saúde (OMS) difundiu a campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, a fim de reduzir os danos causados ao paciente no ambiente cirúrgico, bem como também determinar padrões de segurança aplicáveis em todos os países. Nesse contexto, a introdução do checklist é considerada uma estratégia de cultura de segurança nas salas cirúrgicas. Objetivo: relatar a experiência da utilização do checklist de cirurgia segura em um Hospital Universitário. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência desenvolvido pelos acadêmicos de Enfermagem da Liga Acadêmica de Enfermagem Perioperatória (LAAP) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a partir da vivência de aplicação do checklist no setor do Centro Cirúrgico em um Hospital Universitário de São Luís, no segundo semestre de 2019. Resultados: A utilização do checklist durante a experiência seguiu o modelo proposto pela OMS em três etapas. Ao receber o paciente no CC, foi realizado a identificação ou Sign in, através da confirmação dos dados pessoais, procedimento cirúrgico, anestesia, alergias, riscos cirúrgicos, checagem da vias de acesso para infusão de fluídos e hemocomponentes, se necessário. Na segunda parte do checklist, a Confirmação ou Time out, foi confirmado juntamente com a equipe na sala cirúrgica o nome do paciente, o procedimento proposto e o sítio cirúrgico, após isso, a equipe iniciou o procedimento cirúrgico. Ao finalizar o procedimento, foi iniciada a terceira etapa do checklist, o Sign out, antes da saída do paciente do CC, no qual realizou-se a contagem dos instrumentais utilizados, compressas, gazes, agulhas, esponjas cirúrgicas se conferiram com a quantidade inicial, ademais, foram listados os cuidados que o paciente necessitava no pós-operatório. A equipe também relatou alguns problemas com equipamentos que precisavam de revisão. Mediante a aplicação do checklist, foi possível perceber que a equipe possuía conhecimento sobre as etapas e a importância da utilização. No entanto, em alguns momentos notava-se a dificuldade da equipe em verbalizar as informações do procedimento para checagens. Sobre isso, cabe a conscientização de todos para melhorar a comunicação e consequentemente obter sucesso nos processos cirúrgicos. Considerações finais: Depreende-se que o checklist é um instrumento de baixo custo e seu uso auxilia no controle de danos, uma vez que, proporciona mais tranquilidade para o paciente e para a equipe, sendo suporte para uma assistência de qualidade. Assim, deve ser aplicado conforme a necessidade de cada unidade hospitalar e manuseado por profissionais treinados, tendo em vista as possíveis falhas de comunicação e adesão aos protocolos. Contribuições/implicações para a enfermagem: O profissional de enfermagem tem papel de destaque na gestão do Protocolo Cirurgia Segura. Dessa forma, é um ator essencial na redução de eventos adversos evitáveis, garantindo um procedimento cirúrgico seguro, além de diminuir os custos hospitalares e atuar decisivamente na assistência ideal ao usuário do serviço de saúde.
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