A hipertensão crônica está presente em 0,9-1,5% das grávidas, e estima-se que a pré-eclâmpsia (PE) complica de 2 a 8% das gestações globalmente. Tais síndromes são fatores causais relacionados com os óbitos materno e perinatal, podendo causar limitações definitivas à saúde materna e problemas graves decorrentes da prematuridade associada às indicações precoces de intervenção (prematuridade eletiva) (Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2020). A síndrome Hipertensiva Gestacional (SHG) é uma doença que não tem cura, exceto pela interrupção da gestação, podendo evoluir para síndrome HELLP (Haemolysis, Elevated Liver enzyme activity e Low Platelets) ou CID (Coagulação Intravascular Diseminada) (BRASIL,2010). Essas condições são consideradas como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia e, se manejadas inadequadamente, poderão ocasionar a morte materna e a perinatal (THULER, 2019). A literatura aponta que a mortalidade materna e perinatal por SHG são influenciadas tanto por fatores biológicos, socioeconômicos e culturais como pela qualidade da assistência recebida (SOARES & LENTSCK, 2021). O papel do profissional de saúde principalmente do enfermeiro é primordial, visto que ele acompanha a gestante desde a captação da gravidez, o decorrer do pré-natal, o parto, o puerpério e o pós-alta hospitalar não esquecendo claro, da família que tem o seu papel também essencial (FASSARELA et al., 2020). Objetivo: Capacitar a equipe de enfermagem com atualizações frente às emergências/urgências hipertensivas de gestantes e puérperas de um centro obstétrico de alta complexidade. Metodologia: O presente estudo foi desenvolvido para um Centro Obstétrico, que cotidianamente atende a clientela relacionada. Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória e intervencionista. Os conteúdos foram repassados in loco durante os plantões diurnos e noturnos da equipe assistencial de enfermagem, perfazendo 45 min/ aula plantão com temas relacionados à temática. Resultados: Ao final da capacitação realizou-se uma avaliação dos conteúdos abordados, através de rodas com cada equipe e realização de arguição oral direcionada aos envolvidos. Conclusão: Através do estudo em questão os membros da equipe de enfermagem puderam dirimir as dúvidas referentes ao atendimento das gestantes e puérperas com crises hipertensivas agravadas ou não. Tendo mais segurança e autonomia na realização de suas atividades; Melhora na relação interpessoal entre os membros da equipe de enfermagem e também com os demais profissionais, que atuam no setor e maior atenção por parte dos profissionais de enfermagem na rotina de acompanhamento das pacientes hipertensas no centro obstétrico.
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