A música é um dos aspectos da arte, que tem contribuído, decisivamente, no processo terapêutico e educativo, em muitas unidades hospitalares. O uso desta ferramenta é apontado, entre outros métodos, como uma abordagem não farmacológica efetiva para o controle da dor, por se caracterizar como um método de distração e estar entre as estratégias mais eficazes, além de apresentar um alto nível de aceitabilidade pelos pacientes. È do conhecimento de todos que a música está ligada a diferentes momentos da vida humana e é difícil perceber a falta de sons prazerosos quando se está em um leito de hospital, especialmente em locais com acesso restrito de tecnologia, como nas Unidades de Terapia Intensiva. Sendo assim a Musicoterapia surge como alternativa, influenciando o paciente, fisiológica, psicológica e emocionalmente durante o tratamento de doenças ou ferimentos a que se submeteu, estudos comprovam que a implementação dessa prática integrativa dentro de uma unidade hospitalar traz vários benefícios ao paciente tais como: redução da angústia e da ansiedade. Tem-se como objetivo relatar a implementação do uso de musicoterapia em uma UTI adulto de hospital, referência em tuberculose e HIV/AIDS em São Luís, Ma visando melhorar a qualidade da assistência prestada. Trata-se de um relato de experiência de uma intervenção realizada de forma interdisciplinar pela equipe médica e de enfermagem no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2020 a na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital rede pública em São Luís, Ma. Percebeu-se que a musicoterapia tem influência em diversos aspectos biopsicossociais e espirituais, validando a utilidade da estratégia, por meio de relatos verbais como agradecimento e participação, e não verbais, tais como expressões de afeto, choro ou sorriso, com possível alteração dos parâmetros vitais. Verificou-se ainda que a escuta musical no ambiente da UTI propiciou aos participantes sentimentos de esperança; paz interior e fé; alegria e expressões de relaxamento, contribuindo para maior enfrentamento da hospitalização. Conclui-se que terapias alternativas como a musicoterapia demonstrou ser uma ferramenta eficaz à terapêutica do indivíduo internado em uma Unidade de Terapia Intensiva conduzindo a um processo de cuidar sensível, criativo e humanizado. Como contribuição da enfermagem nesse processo termos a promoção da saúde no ambiente hospitalar e o cuidado integral e novos estudos devem ser realizados para o embasamento das práticas de enfermagem baseadas em evidências.
Descritores: Estimulação acústica, musicoterapia, unidade de terapia intensiva.
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