INTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino (CCU) é um importante problema de saúde pública no mundo e ocupa a terceira posição entre as neoplasias mais comuns entre as mulheres. Ele é responsável por 311 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. Estudos demonstram deficiência do conhecimento, atitudes e práticas das mulheres em relação ao CCU, o que contribui para altas taxas de incidência no Brasil e no mundo. OBJETIVO: Realizar uma revisão integrativa sobre conhecimento, atitudes e práticas das mulheres sobre o câncer de colo uterino. METODOLOGIA: O método utilizado para realização deste trabalho foi a revisão integrativa da literatura, objetivando o agrupamento dos estudos relacionados para efeito de análise. O período para coleta de dados foi de outubro de 2020 a dezembro de 2020. A busca foi direcionada para as publicações indexadas nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Eletronica Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Internacional em Saúde (MEDLINE/PUBMED), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online). Foi utilizado a metodologia PICo para construir a pergunta de pesquisa e selecionar descritores, que foram combinados com os operadores booleanos “AND”, “OR”. Os descritores utilizados foram: conhecimento, attitudes e práticas em saúde; neoplasia do colo do útero e prevenção. Os critérios de inclusão foram: estudos primários, estudos em português e inglês, ano de publicação. Foram excluídos estudos em outro idioma, estudos secundários e que não respondiam a questão de estudo. Foi elaborado um instrumento para coleta dos dados, contemplando as seguintes variáveis: identificação do pesquisador, ano de publicação, tipo de estudo, delineamento da pesquisa, objetivos do estudo, resultados e conclusões. RESULTADOS: Ao realizar a busca pelos artigos nas bases de dados foram encontrados um total de 919 artigos, onde 268 artigos foram encontrados na PUBMED, 471 artigos na Medline, 151 artigos na BVS, 17 artigos na Scielo e 12 artigos na Lilacs. Na avaliação foi realizada leitura completa de cada artigo, com intuito de compreender os principais aspectos abordados. Na interpretação dos resultados, seguiu-se à leitura comparativa entre os artigos, verificando-se as similaridades e procedendo-se ao agrupamento de temas comuns em eixos a serem explorados. Foram selecionados 11 artigos que respondiam à questão de estudo. DISCUSSÃO: Foi possível observar que muitos estudos apresentavam falta de conhecimento das mulheres acerca da prevenção do CCU, incluindo-se os exames a serem realizados e a sua periodicidade, sendo algumas barreiras evidenciadas, como o fator socioeconômico, e o acesso aos serviços de saúde e a falha das instituições de saúde no fornecimento das informações, a falta de informação mais deficiente foram em regiões em que as pessoas apresentam um menor poder aquisitivo. Melo et. al (2019) identificou que apenas 35,2% das mulheres foram classificadas como tendo o conhecimento adequado, pois já ouviram falar no exame, mas desconhecem a sua finalidade, os cuidados antes da realização e/ou sua periodicidade. Na Nigéria, estudo constatou que a maioria das mulheres nunca havia feito o rastreamento do câncer do colo do útero e os motivos variaram de desconhecimento; onde ir para o rastreamento e a importância do rastreamento para não se sentir suscetível ao câncer do colo do útero. CONCLUSÃO: faz-se necessário a continuidade das ações integradas de educação em saúde, buscando prevenir e controlar o CCU, bem como garantir a continuidade do acesso, adesão e conhecimento das mulheres sobre a importância do exame. O enfermeiro, como educador em saúde deve acolher, orientar e educar as usuárias sobre a importância de prevenir o CCU, bem como os demais cuidados a saúde.
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