AVALIAÇÃO INDIRETA DO DÉBITO CARDÍACO A PARTIR DA GASOMETRIA: IMPLICAÇÕES E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

  • Autor
  • Wanessa Pinto de Souza
  • Co-autores
  • Edson Belfort Filho , Luena Rodrigues dos Santos , Dácio Neves Sousa
  • Resumo
  •  

    AVALIAÇÃO INDIRETA DO DÉBITO CARDÍACO A PARTIR DA GASOMETRIA: IMPLICAÇÕES E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

    INTRODUÇÃO: No escopo das atribuições privativas do enfermeiro está a punção arterial e venosa para análises gasométricas (COFEN, 2011). Entre as indicações destes procedimentos citam-se:  avaliação adequação da ventilação (pressão parcial de gás carbônico-PCO2), oxigenação (pressão parcial de gás oxigênio-PO2) e perfusão (lactato) e distúrbios ácido-base (acidose, alcalose ou mista) (BRASIL, 2022). Além da análise desses parâmetros, a literatura científica reforça a adoção dos uso das gasometrias como método indireto do débito cardíaco (DC) a partir do delta PCO2 (?PCO2), expresso pela diferença entre a PCO2 da gasometria arterial e da venosa. Valores de ?PCO2 inferiores a 5 mmHg refletem um adequado DC; enquanto superiores a esse limite relacionam a baixo DC (ARAUJO, 2012). OBJETIVOS: Descrever um método indireto de mensuração do débito cardíaco a partir das análises gasométricas arterial e venoso e correlacionar com os cuidados de enfermagem. METODOLOGIA: Estudo descritivo, extraído a partir das recomendações do Consenso brasileiro de monitorização e suporte hemodinâmico, parte III, que descreve métodos alternativos de monitorização do débito cardíaco e da volemia. O objetivo principal do consenso foi determinar o quanto especialistas, como médicos e enfermeiros, concordam acerca de um determinado assunto. RESULTADOS:Para mensuração do DC, muitas das vezes torna-se necessário um cateter de Swan-Ganz, que está relacionado a complicações e mau prognóstico. Como alternativa para mensuração deste parâmetro, mas de forma menos invasiva, situa-se o ?PCO2 que é obtido a partir das gasometrias arterial e venosa coletadas pelo enfermeiro. Em relação a assistência de enfermagem, o DC é melhor avaliado quando o enfermeiro correlaciona os valores do ?PCOassociado a análise de outras variáveis hemodinâmicas como a Pressão Venosa Central (PVC), Pressão de Pulso (diferença da pressão sistólica e diastólica) e Pressão Arterial Média (PAM), além da realização do exame físico direcionado como a realização da ausculta cardíaca (avaliando sopros e bulhas acessórias B3 e B4) e  respiratória (identificando ruídos adventícios, como creptos/ estertores que se relacionam a congestão pulmonar); avaliação de anasarca e das alterações dos sinais vitais. Na coleta da gasometria arterial deve-se realizar a aplicação do teste de Allen, identificando a adequada perfusão da circulação colateral da artéria radial.  Para prevenir infecções, deve-se realizar uma adequada assepsia de pele e desinfecção dos dispositivos centrais. No manejo dos pacientes, o DC deve ser otimizado a partir da hidratação com soluções cristaloides e/ou coloides e associada a uso de drogas vasoativas inotrópicas, como a Dobutamina, Dopamina ou Milrinona. CONCLUSÃO: Portanto, além das variáveis obtidas nas gasometrias arterial e venosa já consolidadas na prática assistencial, o enfermeiro dispõe de mais um recurso indireto e menos invasivo na avaliação do débito cardíaco no manejo dos pacientes críticos: o ?PCO2.IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: O enfermeiro tem como atribuição a prestação de cuidados de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos e capacidade de tomar decisões, desta forma requer constante atualização com vista a impactar nos desfechos dos pacientes sobre seus cuidados. 

  • Palavras-chave
  • Débito cardíaco, Gasometria, Cuidados de Enfermagem.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Processo do Cuidar em Saúde e Enfermagem
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