Vídeos têm sido usados em complemento e, mesmo, em substituição às aulas convencionais. Particularmente no ensino remoto, percebe-se o uso de vídeos como característica fundamental. Porém, como garantir que essa utilização não repetirá um modelo de aula em que o aluno receba as informações de forma passiva? Como possibilidades para evitar esse problema, existem plataformas que permitem ao professor adicionar componentes interativos ao longo do vídeo para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Neste trabalho, tem-se um recorte de pesquisa de Mestrado, na qual construiu-se e analisou-se uma orquestração instrumental elaborada com o uso de vídeo interativo numa turma de licenciandos. A coleta de dados ocorreu em aulas remotas (período de isolamento da pandemia de COVID-19), no ensino de projeções ortogonais na disciplina de Geometria Analítica. O objetivo aqui foi analisar o comportamento dos estudantes durante o uso de um vídeo com as atividades de construção utilizando o GeoGebra em comparação com outros elementos interativos. O vídeo elaborado foi enriquecido com diferentes recursos: pergunta múltipla-escolha, link para leitura complementar, pergunta aberta isolada, pergunta aberta atrelada a uma leitura complementar e pergunta aberta atrelada a uma atividade no GeoGebra. Os resultados mostraram que os estudantes interagiram com o vídeo apenas nos momentos de pergunta fechada e de pergunta aberta vinculada à construção no GeoGebra. Isso sugere que, para realizar um esforço cognitivo maior, as atividades no GeoGebra ajudaram os estudantes a se envolverem mais com o objeto de aprendizagem em comparação com outros elementos, para superar o mero uso passivo do vídeo.
Anais do I Congresso GeoGebra Pernambuco
Comissão Organizadora
Ricardo Antônio Faustino da Silva Braz
Josinalva Estácio Menezes
Carlas Renata
Handressa Câmara de Almeida Braz
Carlos Bino de Souza
Comissão Científica
Josinalva Estácio Menezes
Ricardo Antônio Faustino da Silva Braz
José Genilson
geogebra.instituto.pe@gmail.com