ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA A UM PACIENTE DIABÉTICO E COM ERISIPELA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTÊNCIA A UM PACIENTE DIABÉTICO E COM ERISIPELA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Geisa de Oliveira França Fioravanti
• Co-autores
• Daniel Fioravanti Freitas , Thima Falcão Souto de Jesus , Joice de Oliveira França
• Resumo

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  Resumo

   

  Este trabalho visa analisar a assistência multiprofissional fornecida em clínica especializada  em tratamento de feridas, para o processo de cicatrização de lesão grave por erisipela bolhosa.

  A erisipela é uma forma clínica de estreptococcia cutânea associado a sídrome infecciosa. Predomina nos membros inferiores, em adultos com mais de 30 anos, associado a fatores predisponentes como, DM, HAS, insuficiência venosa. O presente estudo é um relato de experiência realizado com um paciente em atendimento em uma clínica especializada no tratamento de feridas, na cidade de Feira de Santana, Bahia. Os dados foram colhidos do prontuário e de registro fotográfico da lesão.

  D.C.B, 56 anos, masculino, portador de DM e anemia, após internamento hospitalar por erisipela, passou a ser assistido em clínica especializada no tratamento de feridas no período de 06/04/2015 a 27/08/15. Apresentava ferida extensa em MID secundário erisipela, com tecido de necrose em toda sua extensão. Submetido a 02 desbridamentos cirúrgicos no primeiro mês de assistência. Sua ferida evoluiu progressivamente com esfacelo; esfacelo + tecido de granulação e tecido de granulação apenas, com redução da extensão a partir da formação de tecido epitelial. O exsudato inicial era em grande quantidade e com coloração esverdeada; evoluindo para exsudato moderado com coloração amarelada e a seguir exsudato seroso, com alguns episódios sero-sanguinolento.

  Utilizou-se papaína em gel 20%, papaína em pó 100%; gaze rayon, alginato de cálcio com prata e colagens,  cada combinação utilizada de acordo a fse e características da ferida conforme orientação da enfermagem dermatológica. Durante todo o período, a cada curativo, foi realizado limpeza da lesão com soro fisiológico 0,9%, e solução de polihexanida + betaína embebida em gaze. Para  proteção das bordas externas utilizou-se solução polimérica.  As coberturas secundárias foram realiadas com gaze estéril, gaze algodoada, atadura crepom e micropore, sendo trocadas a cada 24h.

  Também foi prescrito o uso de antibiótico oral pelo médico cirurgião e avaliado por médico angiologista averiguando grau de comprometimento do sistema circulatório. Houve também acompanhamento nutricional, com introdução de suplementação alimentar rica em vitaminas, minerais e aminoácidos com vistas à imunomodulação e estimulação cicatricial. Suporte psicológico para auxílio no enfrentamento do quadro instalado e  minimização de um estado depressivo.

  A atuação da enfermagem como profissional-guia da assistência mostrou-se fundamental, com acompanhamento próximo e frequente, atentando para cada mudança ocorrida nas fases de cicatrização, seguida das escolhas corretas das terapias tópicas no momento adequado e acionamento dos outros profissionais sempre que identificado alguma necessidade.

  Foram indispensáveis nessa abordagem multiprofissional, a nutrição, a cirurgia geral e psicologia. Embora podem e devem fazer parte da equipe, a fisioterapia, terapia ocupacional e diversas especialidades médicas a depender da demanda, como angiologia, infectologia, ortopedia dentre outros.

   

   

   

• Palavras-chave
• erisipela bolhosa; equipe multiprofissional; terapêutica; infecção cutânea.
• Área Temática
• Tratamento de Ferias

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