Introdução: A atenção primária à saúde (APS) é descrita como a porta de entrada na rede assistencial do sistema único de saúde (SUS), sendo responsável por oferecer a população cuidados necessário aos seus problemas mais prevalentes, incluindo medidas de reabilitação, curativas e de promoção a saúde, através de uma equipe multiprofissional e interdisciplinar capacitada para atender as necessidades da demanda. 1 A visita domiciliar (VD) proporciona ao profissional conhecer a real necessidade individual e em grupo in loco de determinada comunidade, constituindo uma relevante atividade integrante do Programa Saúde da Família (PSF), que objetiva ofertar condutas de promoção, proteção e recuperação da saúde no espaço domiciliar através da atenção interdisciplinar e multiprofissional. 2Diante do princípio da equidade do Sistema Único de Saúde (SUS) é imprescindível usar estratégias que diferenciem as famílias, no intuito de priorizar aquelas que possuem maior urgência dos cuidados de VD, nesse cenário o enfermeiro pode utilizar o Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) como instrumento de identificação para facilitar no atendimento na VD.3Objetivo: Relatar os desafios do enfermeiro na aplicação da equidade na atenção domiciliar mediante experiência de acadêmicos de enfermagem durante a vivência em estágio obrigatório. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, onde acadêmicos de enfermagem da Universidade da Amazônia-UNAMA tiveram a oportunidade de vivenciar a visita domiciliar durante estágio obrigatório realizado no mês de Dezembro do ano de 2018 em uma Estratégia Saúde da Família-ESF, localizada na cidade de Belém-PA. Resultados e discussão: Realizamos apenas uma visita domiciliar durante todo período de estágio, embora as visitas ocorressem de segunda-feira a quarta-feira. A residência da visita se localizava em uma rua nas proximidades da ESF, onde residia uma família com um idoso acamado, hipertenso e diabético. Atuamos realizando orientações, esclarecemos as dúvidas dos familiares, realizamos o exame físico e verificamos os sinais vitais do paciente, acompanhados apenas de uma Agente Comunitária de Saúde (ACS) e da enfermeira/preceptora. Durante a vivência foi notório que o desafio mais relevante na VD foi a equidade, uma vez que a ESF apresentava fragilidades no quantitativo de profissionais por este ser inferior a abrangência de território da ESF, onde diversas famílias apresentavam necessidades e particularidades, mas para garantir as prioridades baseadas na real necessidade da comunidade, a enfermeira contava com a atuação dos Agentes comunitários de saúde (ACS) que eram responsáveis por preencher o SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica) nas suas primeiras visitas com o preenchimento de várias informações como a composição do grupo familiar, situação de moradia e condições de saúde ou se alguém do grupo familiar apresentava alguma doença, e atuavam na atualização das fichas caso ocorresse algum óbito, nascimento ou mudança de ocupação, contribuindo para que a equipe multiprofissional identificasse com mais rapidez e facilidade as prioridades de VD através do uso de escalas baseadas nos escores de risco como a escala de risco familiar Coelho-Savassi. Considerações finais: Mediante os argumentos expostos ficou evidente que o estágio supervisionado em atenção primária foi construtivo por conceder a realidade e os desafios da rotina do enfermeiro na visita domiciliar, norteando a relevância da utilização do SIAB e dos ACS no processo de facilitação do domínio do território para as visitas e na identificação de prioridades para a realização de VD.
Descritores: Equidade em saúde; visita domiciliar; enfermagem.
Referências:
1.Wenceslau,L.D; Ortega, F. Saúde mental na atenção primária e Saúde Mental Global: perspectivas internacionais e cenário brasileiro. Comunicação saúde educação .2015.1(55).P.1121-1132.
2.Conceição, A.S; Santana,E.S;Barbosa,M.D;Hora,N.M;Santos,J.B;Paz,M.J.J et al. Ações da enfermeira na visita domiciliar da atenção básica. Revista eletrônica acervo saúde.2019.20(20):P.P:1-10.
3.Arantes,L.J.A ;Shimizu, H.E.S;Hamann,E.M Contribuições e desafios da Estratégia Saúde da Família na Atenção Primária à Saúde no Brasil: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva.2019.21(5):P.P:1499-1509.
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
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Tv. Humaitá, 2205
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