A CONSULTA DE ENFERMAGEM NA EQUIDADE DO CUIDADO À COMUNIDADE
VULNERÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
REIS, Ana Karolina Pereira da Silva 2
ALVES, Andrey Emanuel Anaisse 2
SILVA, Anna Clara Maciel de 1
ARAÚJO, Francinara Abreu 2
SANTOS, Rafael Carnon dos 2
MORAES, Oriana Karolina Côrrea 2
SOUSA, Fabianne de Jesus Dias de 3
Introdução: Os profissionais de saúde devem ponderar seus atendimentos para que sejam os menos
tendenciosos possíveis, oferecendo assim uma melhor assistência. Quando se fala de AIDS/ HIV boa
parte da população é levada ao pensamento de que o indivíduo acometido da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS) ou do Vírus Imunodeficiência Humana (HIV) teve algum
comportamento promiscuo que é tido como errado pela sociedade, marginalizando o indivíduo. Outra
situação muito corriqueira é que ao se falar de AIDS, é fato de não o diferenciar do HIV, o que pode levar
a confusão 1 . Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em um ambulatório de ensino
com pacientes vulneráveis. Método: Trata-se de um relato de experiência de graduandos em enfermagem
acerca de uma consulta de enfermagem a uma paciente portadora de HIV positivo no ambulatório de
ensino do curso de enfermagem em uma faculdade privada, no período de março a abril de 2019.
Resultado: Foi realizada a consulta de enfermagem por graduandos em enfermagem, aplicado o histórico
de enfermagem (anamnese e exame físico). Percebemos que a paciente ao entrar no consultório
demonstrou ser desinibida e comunicativa com a equipe, a partir do início da entrevista a cliente informou
ser portadora de HIV positivo. Com o levantamento do histórico pessoal observou-se através do relato da
paciente que a mesma não se sentia acolhida em outros consultórios de maneira humanizada, ainda
percebia que não era tratada com equidade tanto no tratamento TARV (Terapia Antirretroviral), como em
seu acompanhamento médico. Conseguinte as perguntas sobre como a paciente descobriu que era
portadora de HIV, a cliente relatou que após um ano apresentando constantes dores na garganta, astenia e
tontura, através de conversas com profissionais da saúde resolveu realizar os testes de HIV a incentivo de
uma enfermeira que atuava na unidade e que também esteve presente ao lado da mesma dando apoio
emocional quando recebeu os resultados. Ademais, a paciente relatou que quando foi diagnosticada com a
infecção recebeu grande apoio de sua família que a acolheu e incentivou a realizar o tratamento da
infecção. No entanto, além do impacto do resultado positivo, relatou seu medo de ter transmitido a
infecção a seus dois filhos pequenos. Desse modo, a paciente realizou o tratamento com os antirretrovirais
acompanhado de uma mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos, e em um período de três meses
o vírus estava indetectável ao teste de HIV. Como declarado pela mesma, todo esse processo de
diagnóstico até resultado foi bastante doloroso, mas que no final acabou fortalecendo como pessoa, o que
a incentivou promover palestras com a finalidade conscientizar e informar a comunidade sobre as
medidas profiláticas contra as DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Conclusão: A consulta de
enfermagem é uma ferramenta importante no aprendizado e na prestação de um cuidado equânime aos
pacientes vulneráveis possibilitando uma troca de conhecimento e vínculo entre acadêmicos e paciente.
Assim o ambulatório de ensino é de grande relevância no processo de aprendizagem proporcionado aos
seus usuários um cuidado humanizado e com equidade.
Referências:
1 Silva DI, Peres AM, Wolff LDG, Mazza VA. Contribuições do conceito de vulnerabilidade para a
prática profissional da enfermagem: revisão integrativa. Revista de pesquisa: Cuidado é Fundamental
Online. 2014,6(2);848- 55.
1 Graduando em Enfermagem. Estudante. Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA. E-mail:
acmarciel73@gmail.com
2 Graduando em Enfermagem. Estudante. Faculdade Integrada Brasil Amazônia - FIBRA.
3 Doutorado em Enfermagem, professora titular. Universidade Estadual do Pará.
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
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