A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA, COM EQUIDADE, DE ENFERMAGEM ÀS GESTANTES VITÍMAS DE ESTUPRO
SANTOS, Rafael Carnon dos1
MUNIZ, Dandara Helena Borges2
REIS, Ana Karolina Pereira da Silva2
RODRIGUES, João Paulo Saldanha2
SILVA, Anna Clara Maciel da2
PAIVA, Ana Carolina de Almeida3
Introdução: Os relatos de violência contra a mulher crescem significativamente devido o empoderamento feminino, a luta contra o feminicídio e a cultura do estupro, que incentivou essas mulheres a prestarem denúncias e com isso conseguiram diversos direitos que as asseguram1. A quantidade de casos nos hospitais, vinculados ao sistema único de Saúde (SUS), vem aumentando, sendo possível ver números alarmantes como a estimativa de notificação de 14,2 mulheres/dia em serviços de saúde, vítimas de estupro2. Objetivo: Relatar uma experiência vivenciada durante o estágio em um ambulatório de estudo e relacionar isso a necessidade de profissionais da saúde capacitados a lidar com as diversas situações as quais estão expostos durantes seu turno de trabalho. Método: O trabalho se trata de um relato de experiência vivenciado por um acadêmico de enfermagem durante seu período de estágio, dentro de um ambulatório de uma instituição privada que fornece atendimento gratuito a população. Resultados: O fato ocorreu dentre os meses de outubro e novembro de 2018; uma paciente, grávida, por volta dos seus 35 anos, aparentemente no 5º mês de gestação, foi buscar seu primeiro atendimento de pré-natal, não por ignorância de que esse atendimento deve ser feito desde o início da gravidez, mas por extremo desânimo de estar grávida, principalmente pelo fato dessa gravidez ser fruto de uma violência sexual. A paciente portava consigo um exame de sangue que foi analisado pela enfermeira que atenciosamente atendia a gestante. Com a análise dos exames e os testes feitos de verificação da circunferência da barriga, peso, pressão arterial e a verificação dos batimentos cardíacos (BPM) do bebê a enfermeira auxiliou a paciente no controle da sua alimentação, prescreveu suplementos vitamínicos e a orientou a buscar uma unidade básica de saúde para fazer um acompanhamento médico, orientou ela também a ir a polícia para registrar um boletim de ocorrência comunicando o estupro que sofreu, bem como buscar na justiça pensão alimentícia contra o autor do estupro e além disso buscar um acompanhamento psicológico para tratar o trauma sofrido. Conclusão: Mediante aos argumentos expostos, é possível averiguar a necessidade de capacitar os profissionais e os que ainda estão em formação na área da saúde em relação ao atendimento humanizado para que em situações como estas os enfermeiros venham a ter um olhar equânime mediante esse tipo de circunstância, não apenas cuidando da área fisiológica do paciente, com o foco na gestação, mas, também, cuidando da área psicossocial do paciente, ao direcioná-lo a um tratamento psicológico e orienta-lo nas providências necessárias que podem ser tomadas perante a lei pois casos de estupro são considerados crime perante o código penal brasileiro em seu artigo 213 (na redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)2.
Descritores (DECS): Violência Sexual; Assistência de Enfermagem.
¹Relator. Acadêmico de enfermagem na instituição de ensino superior Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA). rafacarnon@gmail.com
²Autor. Acadêmicos de enfermagem na instituição de ensino superior Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA).
³Orientador. Enfermeira assistencialista, na unidade de terapia intensiva neonatal da Santa Casa de Misericórdia do Pará. Professora do curso de enfermagem na instituição de ensino superior Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA).[1]
¹ VIEIRA, Débora Ribeiro. Avaliação dos Casos de Estrupo Contra a Mulher no Brasil. Disponível em: < https://www.acervosaude.com.br/doc/REAS219.pdf > Acesso em: 4 de abril de 2019.
² SENADO 2019: A Violência Contra a Mulher. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/entenda-a-violencia/a-violencia-contra-a-mulher > Acesso em: 4 de abril de 2019.
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
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Telefone: (91) 3226-3836
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