Introdução: O parasitismo intestinal está entre as infecções mais recorrentes em todo mundo, segundo a organização mundial da saúde (OMS), cerca de 50% da população mundial é atingida, sendo no Brasil cerca de 1,5 milhões de pessoas infectadas, somente, pelo Schistosoma mansoni, tendo o nordeste do país como região endêmica¹. A esquistossomose esta ligada, diretamente, as precárias condições de habitação, saneamento básico e carência de educação em saúde.1,2 A educação em saúde é um processo de ensino-aprendizagem, em que o educador tem o papel de estimular reflexões dos sujeitos sobre a sua realidade vivencial, incentivando a construção do conhecimento e a reconstrução do senso comum.3 A educação é um importante fator de prevenção constituído por um conjunto de saberes e práticas orientadas a promoção de saúde, uma vez que tem como princípios regulamentar, controlar os gestos, atitudes, comportamentos, hábitos e discursos da população. Trata-se de um artificio em que o conhecimento científico atinge a sociedade, oferecendo subsídios para a adoção de novas condutas em saúde, essencial no trabalho do cuidado em enfermagem, estabelecendo-se a partir da participação da população com o compartilhamento de suas vivencias, cultura, crenças e necessidades.4 Objetivo: Relatar a experiência de realizar ações educativas sobre Esquistossomose, como forma de promover a troca e construção de saberes entre acadêmicos e idosos da Unidade Municipal de saúde do Guamá (UMS). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, realizado no segundo semestre de 2018 por acadêmicas de enfermagem, mediante a realização de ações educativas, usando tecnologias de educação, como parte das atividades de um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará (UFPA). As ações ocorreram na sala de espera da UMS do Guamá, com de 15 (quinze) idosos, sendo abordadas questões conceituais, modo de transmissão, sintomatologia, prevenção e vias de tratamento sobre a esquistossomose, promovendo a troca de conhecimento entre o senso comum e o cientifico. Resultados e discussão: Observou-se o baixo conhecimento do grupo mediante o uso do termo parasitologia intestinal e esquistossomose, porém após a explicação conceitual e a sua identificação usando os termos popularmente conhecida, como “barriga d’água ou doença do caramujo” iniciou-se o processo de reconhecimento. No decorrer da ação os usuários ficaram atentos às explicações, principalmente, sobre a forma de transmissão, das complicações que podem acontecer, expondo suas opiniões, vivências e duvidas, mostrando seus conhecimentos empíricos e disponibilidade para a reformulação das suas ações e saberes. Considerações finais: Evidenciou-se a necessidade e importância de uma intervenção educativa, visto que a população apresentou dizeres e conhecimentos superficiais e hábitos que facilitam a infecção e disseminação da esquistossomose. Tal momento foi também de capacitação, na qual houve a ressignificação do senso comum e a intervenção na tentativa de mudança dos hábitos dos usuários ali presente, como as Atividades instrumentais de vida diária (AIVD) e Atividades básicas de vida diária (ABVD) e ainda a autonomia dos idosos em poder disseminar as informações ali construídas com outros usuários e pessoas de seus núcleos de convívio social, diminuindo cada vez mais os índices de parasitoses em todas as etapas da vida.
Descritores (DECS): Parasitologia, Educação em saúde, Cuidado de enfermagem.
Referências:
1. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Esquistossomose manejo clínico e epidemiológico na atenção básica. Recife (PE); 2017.
2. Visser S, Giatti LL, Carvalho RAC, Guerreiro JCH. Estudo da associação entre fatores socioambientais e prevalência de parasitose intestinal em área periférica da cidade de Manaus (AM, Brasil). Ciências e saúde coletiva, 2009 [acesso 24 de maio de 2019]; 16(8). Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2011.v16n8/3481-3492/
3. Barbosa LA, Sampaio ALA, Melo ALA, Macedo APN, Machado MFAS, Loeste et al. A educação em saúde como instrumento na prevenção de parasitoses. Rev Brasileira em Promoção da saúde. 2009;22(4); 272-277.
4. Souza LVB, Marques DKA, Freitas FFQ, Silva PE, Lacerda ORM. Educação em saúde e enfermagem: revisão integrativa da literatura. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança. 2013;11(1);112-121.
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
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