GRUPO OUVIDORES DE VOZES: ESCUTA ATIVA ENQUANTO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

  • Autor
  • Nataly Yuri Costa
  • Co-autores
  • Laíze Rúbia Silva Corrêa , Gabriela Pantoja Xavier , Murilo Elder Ferreira Costa , Adriana Keico de Souza , Karollyne Quaresma Mourão
  • Resumo
  •  

    Introdução: Os transtornos mentais consistem em condições clínicas caracterizadas por alterações nos aspectos psicológicos, como mudanças na forma de pensar, variações de humor, evidenciando comportamentos que refletem angústia ou conflitos pessoais (MIRANDA; TARASCONI; SCORTEGAGNA, 2008), destacando, nesse cenário, os Centros de Atenção Psicossocial, que são serviços que auxiliam os indivíduos em sofrimento psíquico na sua reinserção na comunidade, colaborando para a melhora de sua saúde mental e física (BRASIL, 2011), sendo foco deste serviço propostas terapêuticas, como os grupos, permitindo a expressão do usuário sobre determinado assunto. (CORRADI; LEÃO; RUFATO, 2018). Objetivos:  Relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem do 5° semestre durante as aulas práticas em um Centro de Atenção Psicossocial.  Metodologia: A vivência ocorreu em um Centro de Atenção Psicossocial, situado em um bairro periférico de Belém, durante o mês de março de 2019, sob estágio supervisionado do componente curricular Saúde Mental 1, no qual foi possível participar de um grupo denominado “Grupo de ouvidores de vozes”, o qual possibilita a escuta e estimula a troca de experiências entre os usuários que possuem alucinações auditivas. Em primeira instância, mediante ao facilitador foi realizada uma apresentação individual dos usuários, sendo solicitados que expressassem os momentos que costumavam ouvir as vozes, relatando a identidade das mesmas, suas características, seus conteúdos, como essas alucinações impactavam aos usuários e quais os possíveis motivos do surgimento. Ao final dos depoimentos, foi estabelecido um diálogo acerca da importância do grupo na reabilitação social e melhora da qualidade de vida dos indivíduos. Resultados e discussão: A partir dos discursos dos usuários acerca dos benefícios do grupo de apoio foi perceptível a importância da escuta ativa realizada entre os pacientes, e estes com os profissionais, uma vez que o compartilhamento das experiências com a vozes, sejam positivas ou negativas, desenvolve um maior controle diante dessas alucinações, promove a inclusão social, e agrega importância a essas pessoas enquanto cidadãos (GOULART, 2018), já que, atualmente, ainda são estigmatizadas e sofrem preconceitos. É necessário que o usuário inicie um processo de aceitação das vozes e criação de mecanismos para saber lidar com as mesmas (CORRADI; LEÃO; RUFATO, 2018), sendo essencial o papel dos grupos de apoio enquanto estratégias terapêuticas na reabilitação do usuário. Considerações finais: O grupo ouvidores de vozes enquanto espaço de subjetivação, singularização e valorização do sujeito tem como objetivo protagonizar o papel ativo dos usuários no seu tratamento em saúde mental que, mediante a escuta ativa, tanto por parte do profissional quanto dos usuários, passam a compreender as angústias relatadas e como lidar com as vozes, promovendo o empoderamento e maximizando as potencialidades desses indivíduos em sofrimento psíquico, reinserindo-o no meio social, além de favorecer a maior aceitação do projeto terapêutico singular, contribuindo para sua  melhora ou manutenção da saúde mental.

     

    DESCRITORES: Saúde mental, Grupo social, Atenção Primária à Saúde

     

    Referências:

    BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 3088, de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 mai. 2013. p. 37-38.

    CORRADI-WEBSTER, C. M.; LEÃO, E. A.; RUFATO, E. A. Colaborando na trajetória de superação em saúde mental: grupo de ouvidores de vozes. Nova Perspectiva Sistêmica, São Paulo, v. 27, n. 61, p. 1-13, 2018. Disponível em:< http://revistanps.emnuvens.com.br/nps/article/view/411/331>. Acesso em: 04 abr. 2019.

    GOULARD, MÁRCIA ALVIRA. Movimento dos ouvidores de vozes: da Europa ao Brasil. 2018. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial à obtenção do título de Psicóloga, Porto Alegre, 2018.

    MIRANDA, C. A.; TARASCONI, C. V.; SCORTEGAGNA, S. A. Estudo Epidêmico dos Transtornos Mentais. Avaliação Psicológica, Rio Grande do Sul, v. 7, n. 2, p. 249-257, 2008. Disponível em: <https://www.redalyc.org/html/3350/335027184015/>. Acesso em: 04 abr. 2019.

     

     

  • Palavras-chave
  • Saúde mental, Grupo social, Atenção Primária à Saúde
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis
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Anais da A BEn PA

Saudamos à Enfermagem Paraense*

A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).

Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem. 

Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos. 

Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis.

Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS. 

Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.

Att.,

Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA

 

*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis

DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira


COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler


COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges


COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva

 

abensecaopara@gmail.com

A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas  Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.


Link para associar-se à ABEn Pará:

https://forms.gle/HZMcrDjzJ1erhPeU9

 

Sede da ABEn PA

Tv. Humaitá, 2205

Belem Do Pará, Para, Brazil

Telefone: (91) 3226-3836