ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR

• Autor
• Daniele Melo Sardinha
• Co-autores
• Ana Gracinda Ignácio da Silva
• Resumo

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  ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR

  SARDINHA, Daniele Melo1

  SILVA, Ana Gracinda Ignácio da2

   

  Introdução: Através da Portaria nº 2.083 de 19 de novembro de 2013, estabeleceu-se o processo transexualizador no SUS. É um programa do ministério da saúde oferecido em ambulatórios específicos, para transgêneros serem acompanhados no processo de readequação sexual de acordo com o gênero em que se reconhecem, em que incluem, terapia hormonal, cirurgias e psicoterapia, composto por uma equipe multiprofissional, incluindo o Enfermeiro (1). Nesta perspectiva, ressalta-se a importância do enfermeiro na atenção aos transgêneros. Objetivo: Descrever a assistência de Enfermagem no Processo Transexualizador. Metodologia: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, através de uma revisão integrativa da literatura, realizada a buscar nas Bases de Dados Biblioteca Virtual em saúde (BVS) e LILACS, no período de março de 2019. Incluindo artigos originais e de revisão, na língua portuguesa, publicados nos últimos 10 anos. Com as palavras chaves: Processo Transexualizador; Enfermagem Transgêneros; Assistência Transexuais; Enfermagem Transexuais. Resultados e Discussão: Foram buscados 29 artigos, após a leitura criteriosa apenas 9 artigos foram incluídos na pesquisa. Elencando-se as categorias: Acolhimento e Humanização, Assistência na Terapia Hormonal e Cirúrgica, Promoção da Saúde e Práticas Educativas. O Acolhimento é Humanização é fundamental para o vínculo entre profissional e usuário, proporcionando até a melhor adesão aos serviços oferecidos (2). Na terapia Hormonal o Enfermeiro deve orientar sobre o esquema terapêutico, bem como possíveis reações adversas, investigando comorbidades ou condições de saúde, enfatizando na prevenção dos fatores de riscos cardiovasculares que a terapia oferece, minimizando através da orientação a práticas de uma dieta balanceada e atividade física, traçando diversos Diagnósticos de Enfermagem, para subsidiar o plano de cuidados. Na questão cirúrgica orienta-se sobre o procedimento, possíveis complicações, cuidados para o preparo e após o procedimento, bem como a adaptação e qualidade de vida na nova condição do paciente (3). O enfermeiro deve realizar práticas educativas para os clientes, com o objetivo de sensibiliza-los para a adesão a práticas saudáveis a fim de melhorar a qualidade de vida e minimizar os fatores de riscos modificáveis que irão influenciar na vida dos transexuais. Para os profissionais deve-se realizar a educação continuada com o intuito de garantir a melhor assistência a essa população, bem como respeitando o nome social, abordagem de maneira sem constranger, de acordo com os princípios do SUS (4). Considerações Finais: Evidenciou-se que a atuação do Enfermeiro é fundamental nesse momento de transição dos transexuais, uma vez que o processo já oferece possíveis riscos à saúde, e essa população deve ser assistida, com o intuito de prevenir compilações relacionadas principalmente a terapia hormonal. Através da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é possível oferecer serviços embasados em base científica, garantindo qualidade prestada a essa população. Ainda o Enfermeiro deve identificar vulnerabilidades afim traçar o plano de cuidados não só focado nos sintomas, mais sim relacionados aos determinantes sociais que repercutem diretamente na saúde e acesso dessas pacientes aos serviços. Dessa forma destaca-se a relevância da atuação do Enfermeiro na Saúde dos Transgêneros.

  Descritores (DECS): Pessoas Transgêneros; Cuidados de Enfermagem; Enfermagem Holística.

   

  Referências

  1.        Andrade TCOR, Andrade PAR de. Processo Transexualizador no SUS: Um mecanismo de garantia da inclusão e plena dignidade de transgêneros e travestis. VI ENPG. 2017;1(1):233–8.

  2.        Silva AM da, Silva AV de A, Clementino MC de M, Garbaccio JL. O olhar da enfermagem na assistência à pessoas trans. Rev Enferm PUCMINAS [Internet]. 2017;1(2):85–105. Available from: http://periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista/article/viewFile/19325/14332

  3.        Rosa DF, Carvalho MV de F, Pereira NR, Rocha NT, Neves VR, Rosa A da S. Assistência de Enfermagem à população trans?: gêneros na perspectiva da prática profissional. Rev Bras Enferm. 2019;72(Suppl 1):311–9.

  4.        Petry AR. Transgender women and the Gender Reassignment Process: subjection experiences, suffering and pleasure in body adaptation. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2015 Jun [cited 2019 Apr 7];36(2):70–5. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472015000200070&lng=en&tlng=en.

   

  1 Acadêmica de Enfermagem, Centro Universitário Metropolitano da Amazônia, UNIFAMAZ. Danielle-vianna20@hotmail.com.

  2 Doutora em Enfermagem, Enfermeira, docente do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia UNIFAMAZ.

   

• Palavras-chave
• Pessoas Transgêneros; Cuidados de Enfermagem; Enfermagem Holística.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.