INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE SOB A ÓTICA DA TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE

  • Autor
  • Madson Soares do Nascimento
  • Co-autores
  • Enderson Rego de Lima , Vera Lúcia Cecim dos Santos
  • Resumo
  •  

    Introdução: As infecções relacionadas a assistência à saúde, são consideradas síndromes multicausais infecciosas, que recebem influências negativas e positivas do ambiente, considerando nesta perspectiva, o ambiente físico e tudo o que o cerca e as tecnologias do cuidado, portanto, entendemos esta síndrome como o conjunto de manifestações clínicas apresentadas e referidas pelos pacientes após a internação em uma instituição de saúde, onde seguramente procuram no ambiente hospitalar o diagnóstico e tratamento, porém, muitas vezes são acometidos de infecções que poderiam ter sido evitadas. Consideramos que as infecções relacionadas a assistência à saúde são uma problemática ética, legal, epidemiológica e de saúde pública. Segundo do código de ética da Enfermagem, é responsabilidade da enfermagem, conforme consta nos artigos 44 e 45, prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria, e prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. COREN, (2017). Na dimensão epidemiológica as infecções são causadas por um desequilíbrio da relação existente entre a microbiota normal humana e os mecanismos de defesa do hospedeiro. FERNANDES, (2000). Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) é uma nomenclatura mais atualizada de Infecção Hospitalar (IH) ou nosocomial. O conceito clássico, segundo a Portaria 2616/1998, A Infecção Hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. O controle de infecção nos hospitais é realizado através das Comissões de Controle de infecção Hospitalar (CCIH). Portaria 2616 (1998). Segundo Braga e Silva, (2011), o enfoque da teoria de Florence Nightingale estabelecia o controle do ambiente sobre a saúde das pessoas, considerando o indivíduo, a família e a comunidade.  Objetivo: Descrever sobre as infecções relacionadas à assistência à saúde sob a ótica da teoria ambientalista de Florence Nightingale. Metodologia: Pesquisa bibliográfica sobre os escritos de Florence Nightingale em notas sobre a Enfermagem, reflexões sobre a teoria ambientalista, legislações específicas sobre Controle de Infecção no Brasil e contribuições da obra do Professor Antônio Tadeu Fernandes para o Controle de Infecção Hospitalar. Foi realizado leitura exaustiva sobre as referências e analisado detalhadamente as contribuições da teoria na possibilidade da redução de infecções em ambientes de saúde. Resultados e discussão: As infecções relacionadas à assistência à saúde ou infecções hospitalares, são eventos passíveis de serem evitados por um controle efetivo de procedimentos e cuidados ao cliente internado. Florence por sua vez, via a manipulação do ambiente como principal componente do atendimento de enfermagem. Ela identificou aspectos do ambiente e nutrição como as áreas mais importantes que a enfermeira podia controlar. (GEORGE,2000). Portanto, através das reflexões deste estudo entendemos que uma das estratégias de controle essenciais na redução das infecções relacionadas à assistência à saúde e que a Enfermagem poderá se apropriar, são os elementos vitais da teoria ambientalista para minimizar as ocorrências das infecções, principalmente agindo nas dimensões da higiene pessoal, nutrição adequada, restaurando assim o poder vital do indivíduo, reintegrando as energias necessárias para fortalecimento do sistema imunológico do cliente. Portanto, após o estudo, as contribuições de Florence, apesar de serem publicadas séculos atrás, ainda são contemporâneas, e precisamos abraçá-las no cotidiano de nossos serviços para reduzirmos os riscos de infecção aos clientes. Considerações finais: Concluímos que a teoria ambientalista de Florence Nightingale tem contribuído de maneira efetiva para que os ambientes de saúde possam refletir sobre os meios através dos quais, principalmente a Enfermagem deve utilizar para reduzir as infecções nestes ambientes. Os conceitos de Higiene pessoal, iluminação, arejamento, aquecimento, condições sanitárias de moradia, ruídos, alimentação, cama e roupa de cama, iluminação, limpeza de quartos e paredes e higiene pessoal, são trazidos por Florence em sua teoria para resgatar o poder vital dos indivíduos. Quando há um desequilíbrio nestes fatores, os indivíduos ficam com suas energias reduzidas, ocasionando assim o aparecimento de doenças. E quando falamos em infecções hospitalares, entendemos que os clientes em ambientes de saúde, falando particularmente da realidade existente em algumas realidades, todos estes fatores citados por Florence podem influenciar de maneira objetiva no aparecimento de infecções.

  • Palavras-chave
  • Infecção hospitalar; Controle de Infecção; Sistema Imunológico.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis
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Anais da A BEn PA

Saudamos à Enfermagem Paraense*

A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).

Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem. 

Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos. 

Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis.

Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS. 

Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.

Att.,

Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA

 

*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis

DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira


COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler


COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges


COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva

 

abensecaopara@gmail.com

A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas  Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.


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Tv. Humaitá, 2205

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