¬APLICAÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE A SAÚDE DA MULHER QUILOMBOLA – RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Carolyna Magno Corvello
  • Co-autores
  • Erivelton do Carmo Baia , Lara da Silva Sales
  • Resumo
  •  

    Introdução: As comunidades quilombolas são uma herança viva da história brasileira, e as mulheres quilombolas são legítimas representantes da luta das mulheres negras pela liberdade do seu povo (REZENDE; KATI, 2012). O Brasil possui várias comunidades quilombolas, que vivem com uma baixa qualidade de vida e com uma localização geográfica que na maioria das vezes é distante, o que só dificulta o acesso a saúde uma vez que nem todas as comunidades tem acesso a profissionais de saúde efetivos (CARDOSO; MELO; FREITAS, 2018). Nesta perspectiva enfatiza-se a saúde da Mulher Quilombola, uma vez ela tem suas especificidades, tanto genéticas como culturais, que são fatores determinantes para sua qualidade de vida. Objetivos: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem, na aplicação de uma tecnologia do tipo cartilha, com a temática tema “O olhar empírico sobre o cuidado á saúde da mulher quilombola”, para alunos do ensino fundamental. Descrição da Experiência: Foi dividida em três etapas, a primeira se baseou na revisão da literatura dos últimos 10 anos para a construção da tecnologia, nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo (Scientific Electronic Library Online), Biblioteca Virtual em Saúde e LILACS. Assim foi identificado as especificidades e determinantes da saúde da mulher quilombola e elaborado a cartilha. Na segunda etapa a cartilha foi aplicada através de uma ação educativa para alunos da escola municipal Republica de Portugal localizada no bairro da Marambaia, Belém, PA. Os participantes totalizaram 30 discentes do nono ano, com idade de 14 a 16 anos. A cartilha abordou as principais intercorrências de saúde da mulher quilombola, bem como medidas preventivas. Na terceira etapa, após a ação educativa, houve o momento de ouvir a percepção dos alunos sobre o tema através de uma roda de conversa. O que se destacou no relato deles foi o Câncer de colo de Útero, Hipertensão Arterial Sistêmica e Atuação do Enfermeiro na Saúde da Mulher Quilombola. Resultados e discussões: A partir da experiência evidenciou-se que a maioria dos alunos não sabiam ao certo sobre as comunidades quilombolas, em que a maioria os confundia com indígenas tão pouco sabiam da importância de adotar medidas de cuidados e dos riscos a saúde da mulher no quilombo. Porém reconheceram a importância desse tipo de ação educativa sobre povos tradicionais Brasileiros. Dos pontos levantados na roda de conversa sobre a o Câncer de colo do útero e HAS. Bezerra et al., (2015) descreveram sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam para obter acesso adequado a saúde e o modo de tratamento empírico que adotam. Entende-se que as doenças que acometem não só as mulheres do quilombo, mas a população em geral poderiam ser evitadas, com exceção da anemia falciforme que é uma doença genética, mas que também junto as demais doenças poderia ser diagnosticada e tratada de maneira eficaz se houvessem políticas de saúde mais efetiva nessas comunidades. Em 2013 a Secretaria Estadual de Saúde (SES) lançou a Estratégia de Saúde da Família Quilombola onde enfermeiro entra como um dos papeis principais na equipe que atende essa população. Com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) sabemos que através da igualdade e equidade, assim como a população urbana eles têm direito ao acesso à saúde de maneira corretas sendo necessárias ações que buscam atender as necessidades dessa população no local onde vivem (LIMA et al., 2016). Considerações finais: A ação aplicada traz a seguinte reflexão, foi de suma importância ter levado esse tema com uma abordagem mais crítica, não só para enriquecer o conhecimento dos mesmos, mas também para levar visibilidade e reconhecimento para o povo quilombola, especificamente à mulher que tem um papel tão importante e singular no meio em que está inserida. Reconhecer não só a história desse povo e dessas mulheres, mas também compreender os seus aspectos sociais, culturais e fisiológicos, para que assim valorizem o povo quilombola e suas lutas. Para que sua história seja respeitada e sua existência evidenciada.  E salientar que os programas de saúde pública devem ser executados de forma concreta, pois além de ser um direito do povo quilombola é uma necessidade extrema.

  • Palavras-chave
  • Saúde da Mulher, Atenção Primária a Saúde, Promoção da Saúde.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis
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Anais da A BEn PA

Saudamos à Enfermagem Paraense*

A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).

Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem. 

Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos. 

Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis.

Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS. 

Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.

Att.,

Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA

 

*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis

DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira


COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler


COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges


COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva

 

abensecaopara@gmail.com

A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas  Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.


Link para associar-se à ABEn Pará:

https://forms.gle/HZMcrDjzJ1erhPeU9

 

Sede da ABEn PA

Tv. Humaitá, 2205

Belem Do Pará, Para, Brazil

Telefone: (91) 3226-3836