Introdução: A atenção primária de saúde (APS) é responsável por cumprir o papel estratégico do Sistema único de Saúde (SUS), que permeia a garantia de universalidade de acesso, a efetivação da integralidade e a equidade que é assegurada pelo reconhecimento das necessidades de grupos específicos e assim, atua na redução do impacto dos determinantes sociais da saúde aos quais estão submetidos1. Diante das responsabilidades de promoção, prevenção e recuperação da saúde, a APS apresentou avanços nos últimos anos com a criação de novas políticas públicas, mas ainda apresenta dificuldades que estão diretamente relacionadas à dependência do grau de investimento estadual 2. Resultados científicos norteiam que o estímulo para a equidade na prestação de serviços, ou seja, promoção de prioridade aos cidadãos mais necessitados simboliza uma das atividades de saúde com maior dificuldade de execução na América Latina, representando a necessidade de criação de estratégias que facilitem a promoção equânime de saúde3. Objetivo: Relatar as adversidades da atenção primária na promoção equânime de saúde diante da vivência de acadêmicas de enfermagem em estágio obrigatório. Metodologia: Estudo descritivo de natureza relato de experiência, realizado por acadêmicas de enfermagem da Universidade da Amazônia-UNAMA, através da vivência em estágio obrigatório realizado no turno vespertino durante o período de 15 de outubro a 28 de dezembro de 2018 em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), localizada no Distrito de Icoaraci, na cidade de Belém-PA. Resultados e discussão: Mediante a vivência acadêmica foi notório que a ESF não possuía uma rotina fixa para a execução dos programas, onde apenas as coletas do exame Papanicolau (PCCU), eram realizadas fixamente as quintas-feiras e as capacitações e reuniões sobre assuntos internos nas sextas-feiras, sendo os demais programas executados conforme a demanda da população, aspecto que dificultava a equidade de promoção à saúde. Foi possível observar outras adversidades que a ESF possuía tais como, quantidade diminuída de recursos humanos para a abrangência da ESF, sobrecarregando os profissionais que trabalhavam na ESF desmotivando-os e resultando na superlotação de pacientes e na elevação de tempo de espera para os atendimentos; falta de recursos materiais para a realização de PCCU, onde o público feminino que a ESF abrangia ficou cerca de três semanas sem realizar o exame. Considerações finais: Diante dos fatos mencionados ficou evidente que a experiência dessa construção foi relevante para as acadêmicas, uma vez que possibilitou a inserção no cenário real do SUS denotando que atenção primária apresenta fragilidades que dependem do grau de investimento financeiro para serem solucionadas, mas que a organização contribui significantemente para a qualidade do atendimento prestado, sendo essencial a realização de processos de compra regulares para garantir o abastecimento de insumos e a criação de uma rotina de atendimento para os programas na atenção primária baseado na equidade da comunidade.
Descritores: atenção primária á saúde; Equidade em saúde, enfermagem.
Referências:
1-Cavalcanti P.C. S;Neto, A.V.O;Sousa, M.F. Quais são os desafios para a qualificação da Atenção Básica na visão dos gestores municipais?. Saúde debate, 2015.105(39). P 323-336.
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
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