INTRODUÇÃO: O problema de saúde que envolve o universo dos travestis é voltado para as relações de direitos sociais no âmbito da saúde pública, com enfoque no preconceito, discriminação e no limitado direito à saúde e falta de profissionais qualificados para a prestação desses atendimentos para a garantia do direito à saúde¹. OBJETIVO: O estudo objetivou caracterizar o acolhimento prestado pelos enfermeiros para pessoas travestis no SUS. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os artigos em sua maioria são provenientes de revistas de saúde coletiva, enfermagem, psicologia e medicina. Constatou-se que o enfermeiro precisa atentar para a construção de um modelo de atendimento em saúde capaz de olhar as particularidades, garantindo que as pessoas LGBTTT, que buscam atendimento de suas demandas específicas de saúde, tenham garantida a dignidade e o respeito que lhes é devido por sua condição humana, onde esta falta de preparo da equipe para atender essa demanda, as leva a evitarem os serviços institucionalizados de saúde, optando por outras formas de cuidado que não são os do SUS. Portanto, levando em consideração que o atendimento para LGBTTT possui complexidade e diversidade de ações que permitiram construir três 03 categorias temáticas. Partindo que as normativas ainda não foram integralmente acolhidas no cotidiano de trabalho dos profissionais da saúde, impedindo a garantia do acesso universal à saúde pelos pacientes trans. Os 08 artigos elencados para esta pesquisa questionam o desrespeito sofrido quanto ao nome adotado pelos LGBTTT nos serviços de saúde pública, isso somado aos episódios de discriminação promovidos pelos profissionais, tem sido relevante na não efetivação do acesso ao cuidado em saúde. Ao analisarmos as dificuldades para acessarem o serviço de saúde, H1, H2, H4 e H5 disseram que foram inúmeras as dificuldades no acesso e permanência das pessoas trans nos serviços oferecidos no SUS, evidenciando o desrespeito quanto ao nome social, encontrando como obstáculo para buscarem os serviços de saúde e causando muitas vezes abandonos de tratamentos em andamento. Discutindo assim a patologia das identidades de gênero travesti e transexuais no processo da transexualização no SUS como promotor de seletividade nos serviços de saúde, obstruindo o acesso a muitas pessoas LGBTTT. Quanto ao caminho percorrido pelas travestis para terem acesso aos serviços de saúde, H8 diz que as mesmas evitam os serviços institucionalizados de saúde, as quais optam por outras formas de cuidado não oriundo do SUS. Buscando dessa maneira as “casas de religião Matriz Africana”, identificando-as como espaços de cuidados, onde não há questionamentos voltados para as modificações corporais e tão poucas as relacionadas à orientação sexual, proporcionando assim cuidado e proteção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se a escassez de pesquisas que tratem do acolhimento dos enfermeiros para pessoas LGBTTT no SUS, encontrando desta forma dificuldade em buscar artigos para serem analisados. Assim, o conhecimento acerca da real situação da saúde do grupo estudado torna-se insipiente. Recomendando-se que sejam realizados mais estudos que busquem conhecer o acolhimento para a população LGBTTT no SUS, como forma de gerar dados que fomentem, inclusive, a formulação de outras políticas que efetivamente aproximem o grupo LGBT dos espaços de saúde, para que de fato seu acesso seja integral e equânime.
Descritores: Enfermeiro. Acolhimento. Travestis. Sistema Único de Saúde.
1. Albuquerque GA. et al. HOMOSSEXUALIDADE E O DIREITO Á SAÚDE: UM DESAFIO PARA AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL. Rev Saúde em debate Rio de Janeiro, v. 37, n.98, p. 516-524, jul/set 2013
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
Link para associar-se à ABEn Pará:
https://forms.gle/HZMcrDjzJ1erhPeU9
Sede da ABEn PA
Tv. Humaitá, 2205
Belem Do Pará, Para, Brazil
Telefone: (91) 3226-3836