REFUGIADOS VENEZUELANOS NO BRASIL: AÇÃO EDUCACIONAL SOBRE DIVERSIDADE ÉTNICA-CULTURAL E SAÚDE – RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Jady Barreirinhas Barros
  • Co-autores
  • Lara da Silva Sales , Carolyna Magno Corvello , Andressa Camila Parente da Cruz , Leonardo Fabiano Sousa Malcher
  • Resumo
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    REFUGIADOS VENEZUELANOS NO BRASIL: AÇÃO EDUCACIONAL SOBRE DIVERSIDADE ÉTNICA-CULTURAL E SAÚDE – RELATO DE EXPERIÊNCIA

    BARROS, Jady1

    CRUZ, Andressa2

    CORVELLO, Carolyna2

    SALES, Lara2

    MALCHER, Leonardo³

     

    Introdução: O processo que desencadeia a imigração de venezuelanos ao Brasil é extenso, diversos fatores contribuem para que a atual situação se instalasse. (MARQUES, 2018). Hoje na Venezuela faltam suprimentos básicos de alimentação, higiene, remédios nas farmácias, não há recursos para educação, saúde e segurança, a economia do país foi abalada pela queda do preço dos barris de petróleo que era à base da economia venezuelana e a base do dinheiro governamental. (PARAENSE, 2017). Atualmente milhares de famílias atravessam a fronteira com o Brasil a todo o momento em busca de melhores condições de vida. (SANTOS, 2018). Nesta perspectiva enfatiza-se a atual realidade que os venezuelanos enfrentam para iniciar a imigração da Venezuela e como vivem após imigração para o Brasil, com o fim de legitimar e informar sobre os direitos ao acesso a saúde publica e exaltar o respeito à diversidade cultural que não deve ser perdida e nem deixada de lado nesse processo transmigratório. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem na aplicação de uma ação educativa do tipo cartilha, com o tema: A situação dos refugiados venezuelanos, o papel da sociedade e o direito a saúde. Metodologia: Foi dividida em duas etapas, a primeira se baseou na revisão de literatura dos últimos cinco anos para a construção da tecnologia, nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo (Scienific Eletronic Library Online), Biblioteca Virtual em Saúde e LILACS. Assim identificados os aspectos que trouxeram os venezuelanos até o Brasil e especificamente à Região Norte, quais suas maiores necessidades e como o Sistema Único de Saúde (SUS) recebe e lida com essa população. Na segunda etapa a cartilha foi aplicada através de uma ação educativa para alunos do primeiro semestre do curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ) localizado no bairro do Reduto, Belém, PA. Foram contabilizados 22 discentes participantes. A cartilha abordava os principais pontos sobre como se deu a crise na Venezuela, de que forma o governo brasileiro estava lidando com a situação, o direito ao acesso à saúde e qual o papel do profissional de enfermagem diante essa realidade. Resultados e discussão: A partir dessa experiência foram discutidos os pontos acerca do tema abordado: Se o governo brasileiro estava sabendo lidar com a imigração venezuelana: 82% dos alunos acham que o governo não está sabendo lidar, 4% acham que o governo está lidando bem com a imigração e 13% não souberam responder. Quanto ao acesso de saúde ao SUS: 55% dos alunos acham que o imigrante venezuelano tem direito de usufruir do SUS, 36% acham que não tem direito e 9% não souberam responder. Se como enfermeiros, saberiam prestar assistência a um refugiado: 59% disseram que não saberiam e 41% disseram que saberiam, utilizando seus conhecimentos científicos. Destacamos o conhecimento sobre a política do SUS, que garante atendimento para todos de forma igualitária e a percepção de que para recebermos uma pessoa de outro país é necessário o conhecimento de outro idioma para uma boa comunicação, praticas de saúde humanizada e empática para saber lidar com a cultura, crença e costume do cliente onde o enfermeiro consegue promover uma boa assistência à saúde. Considerações finais: a ação agrega a seguinte reflexão: viver e refletir sobre o tema para colocarmos nosso olhar de um jeito solidário e humano. Possibilitando ampliar a visão e compreender que cuidar do próximo independente do seu estado vital, que o ser dependente de cuidados é constituído por aspectos étnico-culturais, funções sociais, e por valores implícitos ou explícitos e por isso deve ser visto em sua integridade. Ressaltamos também que todo imigrante venezuelano tem direito ao SUS (Sistema Único de saúde) de acordo com a Constituição Federal de 1988 que estabelece no artigo 5° que todos se tornam iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo a brasileiro e estrangeiro acesso gratuito ao sistema de saúde pública. (MARQUES,2018). Imigrante que vê no Brasil a esperança da prosperidade tem que deixar de ser apenas uma sombra para a sociedade e os governantes, tem que se tornar o protagonista de sua própria vida.

  • Palavras-chave
  • Cultura, Promoção à saúde, Enfermagem.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
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Anais da A BEn PA

Saudamos à Enfermagem Paraense*

A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).

Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem. 

Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos. 

Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis.

Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS. 

Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.

Att.,

Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA

 

*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis

DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira


COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler


COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges


COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva

 

abensecaopara@gmail.com

A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas  Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.


Link para associar-se à ABEn Pará:

https://forms.gle/HZMcrDjzJ1erhPeU9

 

Sede da ABEn PA

Tv. Humaitá, 2205

Belem Do Pará, Para, Brazil

Telefone: (91) 3226-3836