Introdução: O modelo assistencial ao parto e nascimento no Brasil, vem passando por mudanças, mas ainda é considerado intervencionista, penalizando a mulher e sua família, por ignorar a fisiologia, os aspectos sociais e culturais do parto, evidenciando taxas de mortalidade materna e perinatal incompatíveis com os avanços tecnológicos disponíveis¹. Atualmente o modelo de cuidado utilizado pela enfermagem obstétrica e neonatal encontra-se pautado na humanização da Assistência à mulher, tendo como embasamento as políticas de saúde, fazendo uso de tecnologias apropriadas, necessárias e fundamentadas em embasamento científico, valorizando a cultura crença e modo de vida de cada mulher². A utilização de recursos de boas praticas e métodos não farmacológicos para o alivio da dor durante o trabalho de parto, busca resgatar o caráter fisiológico da parturição. O acesso das parturientes aos métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto é recomendado, porém, ainda não é rotina na grande maioria dos serviços³. A atuação de enfermagem na prestação de cuidados a mulher no processo de parturição, atualmente, é considerado como uma possibilidade para redução da morbimortalidade materna e perinatal colocando a mulher, como o centro nesse processo, que deve ser conduzido por uma assistência humanizada4. Objetivo: identificar evidências científicas sobre a atuação de enfermeiros nas boas práticas de assistência ao parto, no período de 2012 a 2017. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida por meio do método da Revisão Integrativa da Literatura (RIL) que é considerada um instrumento de Prática Baseada em Evidências (PBE), que caracteriza uma abordagem direcionada para a assistência clínica e o ensino concentrado no conhecimento e na qualidade da evidência da prática clínica5. Para que este estudo pudesse ser realizado foram seguidas as seguintes etapas: produção da questão de pesquisa; estipulação dos critérios de inclusão e exclusão; busca do material online para coletar o máximo de pesquisas relevantes ao tema; definição das informações a serem retiradas dos artigos selecionados; análise dos resultados; discussão e apresentação dos resultados. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: Textos completos disponíveis em periódicos nacionais e internacionais, indexados nas bases de dados eletrônicos, publicados somente na língua portuguesa, entre os anos de 2012 a 2017, abordando o tema proposto. Os critérios de exclusão; título do texto que não corresponde a temática, textos incompletos, que estejam fora da língua portuguesa, e que tenham sido publicados há mais de cinco anos. Foram utilizados termos livres, identificados nos Descritores de Ciências em Saúde (DECS). A busca pelos artigos foram nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe de Ciências em Saúde (LILACS), Bases de dados Bibliográficas Especializadas na área de Enfermagem (BDENF). Resultados e Discussão: De acordo com as pesquisas nas bases de dados e respeitando os critérios de inclusão e exclusão do estudo, foram encontrados nove artigos que apresentam evidências científicas sobre a temática. O maior número de publicações ocorreu no ano de 2017, sendo a LILACS, base de dados mais encontrada, totalizando seis artigos. Após análise dos artigos, surgiram duas categorias: “A inserção do enfermeiro obstetra no processo de humanização” e “utilização dos métodos não farmacológicos de alívio da dor”. Considerações finais: Conclui-se que durante a realização deste estudo, identificou-se que muitos avanços em direção a assistência humanizada a mulher em trabalho de parto estão ocorrendo, partos respeitosos, conduzidos por enfermeiros, mantendo a mulher como protagonista daquele evento, prevalecendo sua autonomia, uso de técnicas de alívio da dor, apoio emocional, partos onde não houveram intervenções invasivas e o enfermeiro obstetra possui grande participação neste feito. Assim, o enfermeiro como componente da equipe multiprofissional de saúde, deve exercer o papel de multiplicador, para que a assistência humanizada ao parto possa ter continuidade e ser incorporada por todos os profissionais, que constituem a atenção ao parto. Considera-se ainda, a necessidade de estudos, visto a escassez em base indexadas que abordem a utilização dos mesmos nas boas práticas que retratem a aplicação dos métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto pelos enfermeiros, que contemplem todos os métodos disponíveis.
Anais da A BEn PA
Saudamos à Enfermagem Paraense*,
A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).
Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos.
Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:
Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS.
Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.
Att.,
Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA
*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA
DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira
COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler
COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges
COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva
abensecaopara@gmail.com
A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.
Link para associar-se à ABEn Pará:
https://forms.gle/HZMcrDjzJ1erhPeU9
Sede da ABEn PA
Tv. Humaitá, 2205
Belem Do Pará, Para, Brazil
Telefone: (91) 3226-3836