USO DA CIPE NA CONSULTA DE ENFERMAGEM EM UMA COMUNIDADE RIBEIRINHA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Autor
  • Patrick da Costa Lima
  • Co-autores
  • Brena de Nazaré Barros Rodrigues , Ikaro Renan da Silva Machado , Kathianne Wergina Diniz Alencar , Malu Miranda Vasconcelos , , William Dias Borges
  • Resumo
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    Introdução: A Classificação Internacional Para a Prática de Enfermagem (CIPE) é considerada uma tecnologia de informação a qual propicia a colete, o armazenamento e a análise de dados de enfermagem em uma variedade de cenários, linguagens e regiões¹. A CIPE, inicialmente, foi elaborada com o intuito de padronizar as nomenclaturas e facilitar a conclusão de diagnósticos e intervenções de enfermagem. A estrutura mais recente da CIPE (versão 1.0) resolveu de forma bem significativa os problemas relacionados à redundância e ambiguidade de termos, assim como conta com o Modelo de Sete Eixos, o quais são: foco (área de atenção relevante para a enfermagem), julgamento (opinião clínica relacionada ao foco da prática de enfermagem), meios (maneira de executar uma intervenção), ação (processo intencional aplicado a, ou desempenhado por um cliente), tempo (momento ou duração de uma ocorrência), localização (orientação anatômica ou espacial de um diagnóstico ou intervenções) e cliente (sujeito a quem o diagnóstico se refere)¹. A utilização do modelo dos sete eixos direciona o profissional com a finalidade de que este consiga realizar a consulta de enfermagem, visando elaboração de afirmativas de diagnósticos e intervenções de enfermagem. A população ribeirinha encontra-se inserida, de acordo com o Ministério da Saúde (2013), dentro da denominação das populações rurais, as quais sobrevivem, geralmente, dos próprios recursos naturais, ocupando reservas extrativistas em áreas florestais ou aquáticas². Objetivo: Relatar como o uso da CIPE pode ser de fundamental importância dentro do processo de enfermagem, utilizando esse sistema como base para a identificação de problemas relacionadas a saúde coletiva, afim de promover uma futura intervenção de enfermagem com referência nos dados obtidos na fase inicial do processo. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem, em uma comunidade ribeirinha em uma ilha no estado do Pará, no mês de abril de 2019, na qual, acompanhados pelo docente, vivenciaram um dia de serviço em uma estratégia de saúde ribeirinha no estado do Pará. O foco da equipe, no dia em questão, foi utilizar a CIPE como ferramenta principal durante as consultas de enfermagem realizadas pelos acadêmicos sob a supervisão do docente, para detectar e descrever os diagnósticos de enfermagem e, após feita a anamnese do usuário, verificar quais as intervenções de enfermagem pertinentes para cada situação. Resultados e Discussão: A utilização da CIPE, no transcorrer das consultas de enfermagem, propiciou aos acadêmicos o direcionamento necessário para conduzir o diálogo com os usuários, permitindo aqueles visualizarem como cada indagação iria ajudar na construção dos diagnósticos e intervenções de enfermagem. Como a consulta da CIPE na formação acadêmica não é algo tão difundido nas instituições de ensino, em comparação a outras literaturas, os acadêmicos tiveram relativa dificuldade na busca dos diagnósticos referentes ao histórico pregresso e atual das pessoas consultadas. No entanto, observou como as demandas de cada usuário poderiam ser evidenciadas com maior especificidade segundo os eixos contidos na CIPE, os quais permitem ao profissional de enfermagem delinear cada situação segundo a localização, a ação correta a ser aplicada para esta queixa, o foco desta e, posterior a isso, identificar quais os diagnósticos que mais se encaixam em cada situação, procurando métodos de intervenção e estimando os resultados de enfermagem. Considerações finais: Percebe-se a importância da implantação mais eficiente da CIPE nos serviços de saúde, como auxilio para os profissionais de enfermagem, devido a relevância dessa ferramenta para que os diagnósticos sejam feitos de maneira correta e as intervenções possam ser adequadas para cada caso, principalmente dentro de uma comunidade ribeirinha, onde as equipes de saúde devem levar em consideração a cultura e costumes desses povos durante a idealização das estratégias de intervenção a serem aplicadas. Não obstante, é imprescindível que haja uma qualificação dos profissionais de enfermagem com relação a CIPE, visto que, nem todos estão habituados a utilizá-la no decorrer do serviço e outros podem ter conhecimentos defasados desta tecnologia. Indubitavelmente, o enfermeiro precisa dominar as ferramentas que norteiam as tomadas de decisão, afim prestar uma assistência apropriada, integral e individual, pautada nos conhecimentos científicos.

     

  • Palavras-chave
  • Processo de enfermagem, Enfermagem em saúde comunitária, Planejamento de assistência ao paciente.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
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Anais da A BEn PA

Saudamos à Enfermagem Paraense*

A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).

Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem. 

Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos. 

Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis.

Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS. 

Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.

Att.,

Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA

 

*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis

DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira


COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler


COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges


COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva

 

abensecaopara@gmail.com

A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas  Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.


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Tv. Humaitá, 2205

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