A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA SOB A ÓTICA DE UMA RESIDENTE DE ENFERMAGEM

  • Autor
  • Gabriela de Cássia Oliveira dos Santos
  • Co-autores
  • Vanessa Pompeu Baia , Márcia de Fátima Maués Bentes , Jonas Melo de Matos Junior , Josué Rodrigues Souza , William Dias Borges
  • Resumo
  • Introdução: As residências multiprofissionais em saúde são cursos de pós-graduação/especialização voltados para a formação em serviço, com o objetivo de qualificar profissionais da saúde, envolvendo diversos cenários de práticas que atendam às reais necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), com carga horária de 60 horas semanais e duração de 2 anos.1’2 Entre os diversos cenários, alguns programas de residência oportunizam que o residente vivencie sua formação em serviço na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que é uma área hospitalar preparada para receber usuários em situações graves, com risco iminente de vida, necessitando de cuidados intensivos, assistência multiprofissional e com monitorização contínua por 24 horas.3 A UTI, como campo de prática, desperta o interesse de várias categorias profissionais, por ser um local mais restrito e com aparatos tecnológicos específicos, o que possibilita não somente conhecê-los, mas aprender a manipulá-los, deixando o profissional residente mais preparado.4 Objetivos: Relatar a vivência de uma residente de enfermagem durante sua formação em serviço, na UTI de um hospital universitário. Metodologias: Trata-se de um relato de experiência de uma residente de enfermagem do Programa Multiprofissional em Atenção ao Paciente Crítico, em seu segundo ano de especialização, no período de atuação entre fevereiro a abril de 2019, na UTI de um hospital universitário do estado do Pará, situado na capital, Belém, vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA). Resultados e Discussão: No início do segundo ano de residência, após ter sido oportunizado a vivência da atuação da enfermagem em diversos outros cenários de práticas, tanto em áreas consideradas críticas como semi-críticas do hospital ensino, observou-se que o perfil dos pacientes graves na UTI deste serviço exige um conhecimento vasto e experiência por parte dos profissionais e residentes, pois não se tem um perfil específico dos usuários, a não ser a condição de extrema necessidade de atenção por parte da equipe. Durante o período, pude ter sob meus cuidados pacientes pediátricos/infantil com as mais diversas patologias (meningites, pneumonias, doenças hepáticas), pacientes cirúrgicos (adulto, infantil e idosos), oncológicos, pessoas com as mais diversas doenças infectocontagiosas e parasitárias. Pude presenciar a devolução (alta) do familiar de muitas pessoas, assim como a partida (falecimento) de outros. Observei a empatia dos profissionais a cada cuidado, assim como a falta dela, lembrando que a inserção dos residentes de enfermagem neste cenário ocorre desde o seu primeiro ano da residência, com o intuito de fortalecer suas habilidades técnicas e estimular a busca pelo conhecimento sobre as mais diversas competências do profissional de enfermagem. Sabe-se que a enfermagem assume um papel de responsabilidade e organização dentro da UTI, como o gerenciamento de atividades da equipe e a prestação direta dos cuidados aos usuários, exigindo e logo profissionalizando o residente de enfermagem sobre a tomada de decisão, a avaliação de prioridades na intervenção à assistência ao paciente crítico, reforçando mais uma vez a importância da vivência real nos cenários de práticas como ponto principal do crescimento profissional, qualificando o residente de enfermagem ao atendimento ao usuário, além de integrar o profissional de forma articulada com os outros profissionais atuantes no setor. Este relato é comparado aos relatos de outros residentes e estudantes de enfermagem, que possuem a UTI como local de ensino aprendizagem. 4’5 Considerações Finais: A UTI, como cenário de prática aos residentes, destacando os de enfermagem, é de extrema importância, pois mostrou-se um espaço potencializador da interação multidisciplinar e interdisciplinar. É importante lembrar que a maioria dos residentes são recém-formados, sem experiência no mercado de trabalho, logo, o convívio diário com o serviço por meio do programa, foi possível conhecer não somente a estrutura física de uma UTI, mas a dinâmica do serviço, e compreender a complexidade do cuidado ao paciente crítico e de sua família, observando seu contexto social, visando o bem-estar do cliente. Dessa forma, a experiência prática, junto com a teoria, foi essencial no campo de atuação para uma prestação de assistência qualificada do residente de enfermagem ao usuário. 

  • Palavras-chave
  • Uti, Residência, Educação em enfermagem
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis
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Anais da A BEn PA

Saudamos à Enfermagem Paraense*

A edição 80a da Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) teve como tema central “Os desafios da Enfermagem para uma prática com equidade”, conforme aprovado na 79a Reunião do Conselho Nacional da ABEn (79a CONABEN) realizado em 10 e 11 de novembro de 2018, em Curitiba (PR).
Também neste contexto, em agosto de 2019 ocorrerá a 16a Conferência Nacional de Saúde, que tem um dos eixos diretamente que se articula com o tema da Semana Brasileira de Enfermagem. Trata-se do eixo “Saúde como Direito” (ABEn Nacional, 2019).

Em um conjuntura de ameaça à democracia e aos direitos sociais conquistados, diante da visão sobrepujante e imedida da meritocracia, posta em um cenário injusto delineado no contexto histórico e socialmente determinado da realidade brasileira, abordar a Equidade e como a Enfermagem pode contribuir com sua prática social para superar nós de iniquidades que envolvem o processo saúde-doença das pesssoas, sua família e a sociedade-ambeinte onde estas se inserem. Assim como, os próprios nós que envolvem desafios à propria profissão na garantia de qualidade de vida e valorização do trabalho da própria enfermagem. 

Neste sentido, a Associação Brasileira de Enfermagem seção Pará realizou o I Congresso Paraense de Enfermagem no contexto da 80ª Semana Brasileira de Enfermagem, onde abriga a primeira versão do Simpósio Paraense em Atenção Primária à Saúde (I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS) - ABEn PA. A programação central nos dias 13 e 14 de maio de 2019 no Auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (ICJ/UFPA) e no dia e 15 de maio de 2019 no Auditório 2 da UNAMA BR. A programação integrou as instituições de ensino e serviço da enfermagem abordado temas de interesse da profissão, promovendo atualização, reflexão crítica e divulgação de resultados de pesquisas nas apresentações de trabalhos científicos. 

Neste sentido, o evento contou com ricas conferências, mesas, palestras e debates. Quanto aos trabalhos científicos foram 113 trabalhos aprovados, 1 trabalho premiado, 16 menções honrosas atribuídas. No desdobramentos do tema da 80ª SBEn os trabalhos foram dividos nos seguintes eixos:

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis.

Agradecemos a todos os participantes, voluntários da organização, patrocinadores e instituições envolvidas! Assim como, como muita satisfação disponibilizamos os Anais do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS. 

Assim, com muita alegria, lançamos a 1ª Edição dos Anais da ABEn PA.

Att.,

Diretoria da ABEn Seção Pará e Equipe de Coordenação do I COPENF/ 80ª SBEn / I SEAPS - ABEn PA

 

*Texto de William Dias Borges - Diretor de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem da ABEn PA

  • Eixo 1: Desafios para a prática de justiça social e de sustentabilidade ambiental
  • Eixo 2: Desafios para uma prática equânime e os grupos sociais heterogêneos: classes, gênero, raça/etnia e cultura.
  • Eixo 3: Desafios para a produção equânime e sustentável do cuidado a pessoas, famílias e comunidades vulneráveis

DIRETORIA ABEn-PA:
Presidente: Regina Coeli Nascimento de Souza
Vice-presidente: Roseneide dos Santos Tavares
Secretária Geral: Nahima Castelo de Albuquerque
Diretora Financeira: Maria de Belém Ramos Sozinho
Diretora do Centro de Educação: Laura Maria Vidal Nogueira
Diretor do Centro de Desenvolvimento de Práticas Profissionais e do Trabalho da Enfermagem: William Dias Borges
Diretora do Centro de Estudos e Pesquisa de Enfermagem: Maria Goreth Silva Pereira


COMISSÃO CIENTÍFICA
Presidente: Laura Maria Vidal Nogueira
Nádile Juliane Costa de Castro
Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Hellen Cristhina Lobato Jardim Rêgo
William Dias Borges
Everton Luís Freitas Wanzeler


COMISSÃO I SEMINÁRIO PARAENSE EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (I SEAPS):
Presidente: Nádile Juliane Costa de Castro
Secretária geral: Bruna Alessandra Costa e Silva Panarra
Victor da Graça Viana
Tamilis Feitosa Leal
Tatiane Giseli Marques da Silva
William Dias Borges


COMISSÃO DE MONITORIA
Presidente: Tatiane Giseli Marques da Silva

 

abensecaopara@gmail.com

A ABEn é uma associação de caráter cultural, científico e político, com personalidade jurídica própria, de direito privado e que congrega pessoas  Enfermeiras; Técnicas de Enfermagem; Auxiliares de Enfermagem; estudantes de cursos de Graduação em Enfermagem e de Educação Profissional de Nível Técnico em Enfermagem; Escolas, Cursos ou Faculdades de Enfermagem; Associações ou Sociedades de Especialistas que a ela se associam, individual e livremente.


Link para associar-se à ABEn Pará:

https://forms.gle/HZMcrDjzJ1erhPeU9

 

Sede da ABEn PA

Tv. Humaitá, 2205

Belem Do Pará, Para, Brazil

Telefone: (91) 3226-3836