RESUMO: Introdução: Conforme a Organização Mundial da Saúde definiu em 2022, o cuidado paliativo é uma abordagem que promove a melhoria na qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados a doenças que podem ser fatais, por meio da prevenção e alívio de sofrimento, realizado através da identificação antecipada, avaliação de qualidade e tratamento da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Já a espiritualidade é algo complexo e multidimensional, faz parte do ser humano em sua busca por um sentido na vida e após ela. Essa prática manifesta-se através das diversas formas de expressão do ser humano, seja em sua cultura, crenças ou ações. É expressa de forma pessoal e diz respeito a como cada um entende e vive o propósito de sua vida frente ao universo. Assim, os valores de cada pessoa interferem no modo como lidam com um diagnóstico ruim. Objetivos: Entender o impacto da espiritualidade nos indivíduos em cuidados paliativos, sendo positivo ou negativo em seu tratamento. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa em bases de dados como Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), empregando as palavras-chave “cuidado paliativo”, “espiritualidade” e “vida”, além de informações do Ministério da Saúde. Resultados: A espiritualidade é uma ferramenta muito importante na melhora da qualidade de vida dos pacientes terminais, pois influencia no modo de viver ao proporcionar uma maior estabilidade emocional, trazendo conforto e segurança a todos os envolvidos. Além disso, permite compreender melhor a própria jornada e ressignificar a dor e o sofrimento sentidos ao conectar-se com algo superior que transcende a experiência humana. Percebe-se ainda a existência de respostas fisiológicas e sistêmicas no corpo humano quando praticada a espiritualidade, havendo a produção de neurotransmissores que aumentam o funcionamento cardiovascular, endócrino e imunológico. Com isso, ajuda a diminuir o ritmo cardíaco e a percepção da dor, reduzindo o estresse e melhorando as defesas do organismo humano. Quando o paciente crê em algo ele sente-se mais esperançoso e determinado a enfrentar o tratamento da doença mesmo sabendo que não haverá uma cura. Todavia, deve-se ter o cuidado para que determinadas crenças não afetem negativamente o tratamento, levando o enfermo a temer a morte, gerando mais aflição no fim da vida. Por outro lado, uma fé inabalável em algo pode levar o paciente a desistir do tratamento esperando um milagre divino, agravando a doença. Considerações Finais: Portanto, é necessária uma capacitação adequada dos profissionais da saúde para que essa prática seja realizada de maneira correta e eficaz, já que há uma lacuna de ensino sobre espiritualidade na formação profissional atual, deixando a cargo dos trabalhadores buscar conhecimento sobre a área. É imprescindível que haja uma abordagem multiprofissional capaz de ouvir as ideias do paciente, a fim de que ele se sinta confortável em dividir suas lamentações e crenças para tentar abordagens diferentes aliada ao tratamento convencional, bem como estabelecer uma conexão forte e confiável entre profissional-paciente.
Anais do Evento: PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DA QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR: DO NASCIMENTO A TERCEIRA IDADE
doi.org/10.55664/ida
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