Introdução: Os vírus da gripe, pertencentes à família Orthomyxoviridae, são classificados em três tipos principais: A, B e C. O tipo A é o mais prevalente e está frequentemente associado a pandemias, enquanto o tipo B é mais comum em epidemias sazonais. O subtipo A é ainda subdividido de acordo com as proteínas de superfície hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). A gripe é uma infecção respiratória aguda que afeta milhões de indivíduos globalmente, com taxas de ataque variando entre 5% a 10% em adultos e 20% a 30% em crianças. Método: Trata-se de uma revisão de literatura que teve como objetivo analisar a cobertura vacinal da gripe, abordando os mecanismos, atualizações e desafios. Foram consultadas as bases de dados LILACS, PUBMED, LATINDEX, SCIELO e BVS, com inclusão de artigos completos e gratuitos, publicados entre 2019 e 2024, em inglês, espanhol ou português. A estratégia PICO foi formulada como: "Qual a cobertura vacinal da gripe em populações vulneráveis, considerando os mecanismos imunológicos, atualizações das vacinas e desafios enfrentados?" Os critérios de inclusão envolveram estudos focados em cobertura vacinal, enquanto artigos que não abordavam a temática central foram excluídos. Após a aplicação dos critérios, 11 estudos foram selecionados. Resultados: O vírus da gripe, causado principalmente pelos tipos A e B, possui um mecanismo patogênico baseado na interação com as células do sistema respiratório. Sua superfície contém proteínas HA e NA que desempenham papéis cruciais na infecção. A hemaglutinina permite que o vírus se ligue aos receptores celulares e entre na célula hospedeira, enquanto a neuraminidase facilita a liberação de novos vírus após a replicação. O ciclo viral resulta em destruição celular e inflamação nas vias aéreas, causando os sintomas característicos da gripe. A vacina contra a gripe visa estimular a produção de anticorpos específicos contra essas proteínas virais, proporcionando uma resposta imunológica mais eficiente em caso de exposição ao vírus. As vacinas podem ser inativadas (com vírus mortos) ou atenuadas (com vírus vivos enfraquecidos), sendo as inativadas as mais amplamente utilizadas em clínicas. Anualmente, a composição da vacina é revisada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para refletir as cepas virais prevalentes, baseando-se em vigilância epidemiológica global. No entanto, a cobertura vacinal enfrenta desafios, como a baixa adesão, a constante mutação viral, que pode reduzir a eficácia das vacinas, e a disseminação de desinformação, que impacta negativamente a aceitação da imunização. Conclusão: As considerações finais ressaltam a importância de uma abordagem integrada para superar os desafios relacionados à cobertura vacinal contra a gripe. A variabilidade viral, aliada à baixa adesão em grupos vulneráveis, compromete a eficácia das campanhas de vacinação. Estudos mais aprofundados são necessários para compreender melhor os mecanismos imunológicos envolvidos e promover estratégias que aumentem a cobertura vacinal. A educação sobre a importância da vacina é essencial para combater a desinformação. O avanço nas pesquisas pode melhorar a eficácia das vacinas e reduzir os impactos da gripe.
Anais do Evento: PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DA QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR: DO NASCIMENTO A TERCEIRA IDADE
doi.org/10.55664/ida
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