Introdução: As queimaduras são lesões nos tecidos orgânicos resultantes de exposições a calor térmico, radiações, substâncias químicas ou temperaturas extremas, como no caso das queimaduras frias. Elas devem ser consideradas uma questão de saúde pública devido ao seu impacto significativo na saúde do paciente, podendo levar à morte e causar danos físicos, psicológicos e sociais, afetando também a qualidade de vida de familiares. Quanto à classificação, as queimaduras podem ser divididas em três tipos: de 1º grau, que envolvem apenas a epiderme, como as queimaduras solares; de 2º grau, que atingem a epiderme e parte da derme, podendo ser superficiais ou profundas; e de 3º grau, que afetam todas as camadas da pele e estruturas subjacentes. Objetivo: Analisar as condutas atuais para tratar queimaduras graves através de uma revisão de literatura. Método: A presente revisão de literatura teve como objetivo analisar as condutas atuais para o tratamento de queimaduras graves. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PUBMED, LATINDEX, SCIELO e BVS, utilizando artigos completos e gratuitos publicados entre 2019 e 2024. Os critérios de inclusão foram artigos científicos em inglês, espanhol ou português que abordassem o manejo de queimaduras graves, incluindo avaliação, estabilização, controle da dor e intervenções cirúrgicas. Foram excluídos estudos que não tratassem especificamente de queimaduras graves, artigos de revisões gerais sobre queimaduras e estudos com foco em queimaduras leves. A pergunta da estratégia PICO foi: "Quais são as condutas atuais para o tratamento de queimaduras graves?" Após a análise inicial, foram selecionados 12 artigos relevantes para compor a revisão. Resultados: O manejo de queimaduras graves envolve várias etapas essenciais para garantir a sobrevivência e a recuperação do paciente. Inicialmente, é necessário avaliar a gravidade da queimadura, determinando sua extensão e profundidade. A estabilização do paciente deve ser realizada imediatamente, com monitoramento contínuo dos sinais vitais, acesso venoso e início de fluidoterapia adequada. O controle da dor também é crucial, sendo administrados analgésicos específicos conforme a necessidade. O tratamento cirúrgico inclui o uso de enxertos de pele para cobrir áreas extensas de queimadura, podendo ser autólogos ou alogênicos, dependendo da disponibilidade e das condições do paciente. Além disso, técnicas de reconstrução cirúrgica são frequentemente empregadas em casos de deformidades funcionais ou estéticas, buscando melhorar a qualidade de vida do paciente. A gestão eficaz de queimaduras graves exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais como cirurgiões plásticos, enfermeiros especializados e terapeutas ocupacionais. O manejo adequado não apenas visa a sobrevivência, mas também a recuperação funcional e estética, sendo essencial para o bem-estar dos pacientes. Considerações finais: As queimaduras graves representam um desafio significativo na medicina, exigindo uma abordagem multidisciplinar que envolva desde a estabilização inicial até o tratamento cirúrgico complexo. Embora avanços terapêuticos tenham sido feitos, a alta taxa de complicações e a necessidade de tratamentos personalizados reforçam a importância da pesquisa contínua. Estudos futuros podem contribuir para a melhoria das técnicas de manejo, aceleração da recuperação e redução das sequelas funcionais e estéticas. Investir em novas abordagens é essencial para otimizar o prognóstico dos pacientes.
Anais do Evento: PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DA QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR: DO NASCIMENTO A TERCEIRA IDADE
doi.org/10.55664/ida
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