O tratamento adequado da PAC é essencial para prevenir complicações graves, como insuficiência respiratória, sepse e morte. A abordagem terapêutica inicia-se com o tratamento empírico, baseado em dados clínicos e epidemiológicos, seguido pela adaptação da antibioticoterapia de acordo com os resultados dos exames microbiológicos, conhecida como antibioticoterapia direcionada. Objetivos: Revisar as estratégias de tratamento empírico da pneumonia adquirida na comunidade, com ênfase na importância da antibioticoterapia direcionada. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos científicos, a partir de bases de dados eletrônicas, como PubMed, e Scielo, utilizando os descritores "Pneumonia”, “Tratamento Empírico”, “Antibioticoterapia Direcionada”. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos que abordavam o tema, estudos experimentais, revisões sistemáticas e meta-análises. Foram excluídos estudos publicados há mais de 10 anos, estudos que não abordavam o tema da pesquisa, estudos duplicados, de revisão não sistemática e com amostras não humanas. Os dados foram extraídos e analisados de forma qualitativa. Resultados: O tratamento empírico da PAC é iniciado antes da identificação do patógeno responsável pela infecção, com base nas características clínicas do paciente e nas evidências epidemiológicas. O tratamento empírico considera fatores como comorbidades, idade, histórico de uso de antibióticos e fatores de risco para infecções resistentes. Em geral, para pacientes com PAC leve a moderada, a terapia inicial envolve antibióticos de amplo espectro, como a combinação de amoxicilina com ácido clavulânico, ou macrolídeos, com a adição de fluoroquinolonas em casos de risco aumentado de resistência bacteriana. Entretanto, a abordagem empírica não deve ser considerada definitiva. A antibioticoterapia direcionada, que é ajustada após a identificação do agente causador da pneumonia, desempenha um papel crucial no tratamento da PAC. Estudos têm mostrado que a mudança para um antibiótico mais específico, com base na cultura microbiológica, resulta em uma melhora significativa na resposta clínica, redução de efeitos colaterais e prevenção de resistência antimicrobiana. A escolha do antibiótico depende de diversos fatores, como a identificação do patógeno, a gravidade da doença, e a presença de comorbidades, como doenças pulmonares crônicas, diabetes ou doença cardiovascular. Além disso, a resistência antimicrobiana é um fator importante a ser considerado no tratamento da PAC. O uso inadequado de antibióticos e a prescrição empírica excessiva de antibióticos de amplo espectro têm contribuído para o aumento da resistência bacteriana. Portanto, o uso racional de antibióticos, aliado à realização de testes microbiológicos para confirmar a causa infecciosa, é essencial para otimizar o tratamento e prevenir o desenvolvimento de resistência. Nos últimos anos, pesquisas sobre os patógenos causadores da PAC também têm demonstrado a importância do diagnóstico precoce de infecções virais, como a influenza e o coronavírus, que podem exigir abordagens terapêuticas distintas. O uso de antivirais em casos específicos, como a pneumonia viral, é fundamental para a redução da gravidade da doença. Conclusão: A pneumonia adquirida na comunidade continua a ser uma condição clínica desafiadora, que exige um tratamento imediato e eficaz.
Anais do Evento: PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DA QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR: DO NASCIMENTO A TERCEIRA IDADE
doi.org/10.55664/ida
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