RESUMO: Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos restritos e repetitivos. O diagnóstico precoce e a intervenção psicoterapêutica adequada são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento de habilidades em indivíduos com TEA. Nas últimas décadas, houve avanços significativos tanto na identificação precoce dos sinais do transtorno quanto no desenvolvimento de tratamentos psicoterapêuticos personalizados. Objetivos: Explorar os avanços no diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista e no desenvolvimento de tratamentos psicoterapêuticos personalizados. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos científicos, a partir de bases de dados eletrônicas, como PubMed, e Scielo, utilizando os descritores "Transtorno do Espectro Autista”, “Diagnóstico Precoce”, “Terapia Personalizada”. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 10 anos que abordavam o tema, estudos experimentais, revisões sistemáticas e meta-análises. Foram excluídos estudos publicados há mais de 10 anos, estudos que não abordavam o tema da pesquisa, estudos duplicados, de revisão não sistemática e com amostras não humanas. Os dados foram extraídos e analisados de forma qualitativa. Resultados: O diagnóstico precoce do TEA tem sido uma prioridade na área de saúde, já que quanto mais cedo o transtorno for identificado, maiores são as chances de sucesso nas intervenções. Tecnologias como a análise comportamental aplicada (ABA), a utilização de exames genéticos e neuroimagens avançadas têm contribuído para a identificação dos sinais do TEA ainda na primeira infância. Estudos recentes indicam que sinais como atraso na fala, dificuldades de interação social e padrões repetitivos de comportamento podem ser observados já aos 18 meses, permitindo intervenções mais precoces e eficazes. A terapia psicoterapêutica personalizada tem ganhado destaque, pois permite tratar o TEA de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo. Programas terapêuticos, como a Terapia de Análise Comportamental Aplicada (ABA), Terapia Ocupacional e Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCC), têm mostrado resultados positivos na melhoria da comunicação, no desenvolvimento de habilidades sociais e no controle de comportamentos disruptivos. Recentemente, a abordagem multidisciplinar tem se tornado essencial, reunindo psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde para oferecer um tratamento holístico. Além disso, intervenções baseadas em tecnologias, como jogos educativos e aplicativos de treinamento social, têm demonstrado benefícios no engajamento e no aprendizado de crianças com TEA. Essas abordagens digitais permitem uma personalização ainda maior, adaptando-se ao ritmo e às necessidades de cada indivíduo. O uso de intervenções precoces baseadas em tecnologia tem mostrado um impacto positivo na aprendizagem de habilidades sociais e na redução de comportamentos desafiadores. No entanto, os tratamentos psicoterapêuticos precisam ser constantemente ajustados conforme o progresso do paciente. A personalização é crucial, já que o TEA se manifesta de maneira diferente em cada pessoa, com diferentes graus de comprometimento nas áreas de comunicação, socialização e comportamento. A falta de personalização pode resultar em intervenções menos eficazes, limitando o desenvolvimento de habilidades importantes para a vida cotidiana. Conclusão: Os avanços no diagnóstico precoce e no tratamento psicoterapêutico personalizado do Transtorno do Espectro Autista representam um grande progresso no manejo dessa condição.
Anais do Evento: PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL DA QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR: DO NASCIMENTO A TERCEIRA IDADE
doi.org/10.55664/ida
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