Este trabalho propõe uma reflexão apresentando o cooperativismo como uma estratégia integradora, geoética e sistêmica, voltada para acelerar o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos na Agenda 2030 da ONU. Utilizando uma abordagem qualitativa e exploratória, evidenciou-se que o modelo cooperativo historicamente fundamentado na solidariedade, na autogestão e na participação democrática, pode ser fortalecido por tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, fortalecendo a identidade nos territórios das comunidades e centrando-se na inclusão tecnológica das pessoas. A partir dessa abordagem, o estudo demonstrou como o cooperativismo pode fortalecer o desenvolvimento socioeconômico da juventude rural, evidenciando suas percepções sobre a agricultura familiar e o papel do cooperativismo como instrumento de inclusão e inovação social. Além disso, com base em revisão bibliográfica e na análise de experiências nacionais e internacionais, identificou-se que o cooperativismo contemporâneo possui grande potencial para impulsionar inclusão produtiva, desenvolvimento territorial, acesso à energia limpa, inovação social e educação cidadã.Essas experiências reforçam que, quando articulado a práticas sustentáveis e tecnologias sociais, o modelo cooperativo se torna um agente estratégico na reestruturação das economias locais, contribuindo para a superação dos modelos econômicos tradicionais, centrados na competitividade e na concentração de renda.Por fim, o cooperativismo aponta para uma mudança de paradigma: a integração entre digitalização e princípios cooperativistas. Essa fusão oferece respostas concretas a desafios urgentes do mundo contemporâneo, como a desigualdade, a exclusão social e a crise climática, propondo um caminho mais justo, colaborativo e resiliente para o desenvolvimento socioeconômico.
Comissão Organizadora
Congresso Cooperativismo
Fernando Rocha
Uziel Barbosa
Comissão Científica