Este artigo apresenta uma reflexão sobre a relação entre a pesca artesanal e os princípios da economia circular, discutindo seus potenciais para a sustentabilidade socioeconômica e ambiental. A pesquisa, de abordagem qualitativa, natureza aplicada e caráter exploratório-descritivo, foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica, utilizando como base o Google Acadêmico e os descritores “pesca artesanal”, “economia circular” e “pesca + economia”. Foram selecionados apenas materiais em português que abordassem a conexão entre a pesca artesanal, a economia e os impactos ambientais. A análise evidencia que a pesca artesanal, além de representar expressiva parcela da produção pesqueira, possui menor impacto ambiental em comparação à pesca industrial, contribuindo para a preservação de ecossistemas, manutenção cultural e fortalecimento das economias locais. A economia circular, ao propor o reaproveitamento de recursos e a redução de resíduos, apresenta-se como alternativa ao modelo linear, favorecendo práticas sustentáveis e colaborativas. A integração entre pesca artesanal e economia circular depende de planejamento, manejo sustentável, recuperação de ecossistemas e políticas públicas específicas que garantam a inclusão social e a conservação ambiental. Conclui-se que tal integração pode impulsionar o desenvolvimento territorial e assegurar um equilíbrio entre crescimento econômico, preservação ambiental e justiça social, representando um caminho promissor para a sustentabilidade das comunidades pesqueiras.
Comissão Organizadora
Congresso Cooperativismo
Fernando Rocha
Uziel Barbosa
Comissão Científica