Educação cooperativista: qualificando e emancipando mulheres rurais da COOMAFES – Valença, BA.

  • Autor
  • Aline de Oliveira Andrade
  • Co-autores
  • Evely Nascimento dos Santos , Ravena dos Santos Nascimento
  • Resumo
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    Este trabalho tem como objetivo apresentar os impactos no modo de vida e de produção gerados através da educação cooperativa desenvolvida na Cooperativa Feminina da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Valença – BA.  Desse modo, está embasado em pesquisa exploratória, tendo a pesquisa-ação como metodologia (Thiollent, 2012). “A cooperativa é uma associação de pessoas que constituem uma empresa para atuar no interesse coletivo. A dimensão social e a empresarial tem que andar em equilíbrio, para que não se perca a identidade do cooperativismo [...]” (Ferreira; Silva, 2022, p. 45), as cooperadas são em sua maioria mulheres rurais, pardas e negras, com mais de 40 anos de idade, com ensino fundamental I ou II. Desse modo, a educação cooperativa corrobora para o propósito do empreendimento solidário de modo a oportunizar os diferentes perfis de cooperadas sobre o conhecimento em determinada temática e/ou atividade. “O objetivo principal da promoção da educação, formação e informação é desenvolver e disseminar a compreensão da natureza, dos benefícios e da dinâmica de funcionamento do cooperativismo, de modo a contribuir para o sucesso e a sustentabilidade das cooperativas (OCB, 2022, p. 13). Estudo feito por Ferreira e Silva (2015) aponta cooperativas brasileiras que avançaram através do investimento na educação. A COOMAFES através da diretoria buscou parcerias com universidade, institutos federais e organizações de assistência técnica para promover ou apoiar as atividades educativas, assim, desenvolveu durante os anos de 2023 e 2024 mais de vinte atividades formativas, entre cursos, oficinas e rodas de conversas formativas, que abordaram sobre diferentes temáticas. Fortalecendo e efetivando a finalidade do FATES - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Lei nº 5.764/1971) para o progresso da cooperativa de modo a oportunizar às cooperadas o desenvolvimento. Portanto, foi possível verificar a importância desse processo educacional que vai além da capacitação técnica, promovendo autonomia, fortalecimento da autoestima e participação ativa na construção de uma sociedade justa e igualitária. Com esse desenvolvimento, percebe-se que, ao longo do tempo, as mulheres constroem sua independência, sentem-se confortáveis para aprimorar seus estudos e se expressar em público, traçando e apresentando o que foi aprendido e conquistado.  

  • Palavras-chave
  • Cooperativismo feminino, educação, educação em espaços não formais.
  • Área Temática
  • GT 9 – Educação cooperativista
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  • GT 9 – Educação cooperativista
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  • GT 11 – Turismo e meio ambiente
  • GT 12 – Internacionalização dos empreendimentos solidários
  • GT 13 – Teoria do cooperativismo, economia social e solidária
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  • GT 16 – Implementação e mensuração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

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