Introdução: O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias mais prevalentes mundialmente, com aumento progressivo da incidência entre adultos jovens. O tratamento frequentemente envolve cirurgia e quimioterapia, podendo ocasionar complicações como disfunções pélvicas e neuropatia periférica induzida por quimioterapia (NPIQ), que impactam negativamente a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Analisar recursos fisioterapêuticos empregados no manejo dessas condições. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura onde as buscas foram realizadas nas bases PubMed e SciELO, considerando publicações dos últimos cinco anos. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos de coorte e revisões sistemáticas que abordassem intervenções fisioterapêuticas em pacientes com CCR. Excluíram-se artigos não disponíveis na íntegra, que não tratavam de intervenções fisioterapêuticas, publicados em idiomas diferentes do português, inglês ou espanhol, ou com população-alvo distinta. Resultados: Busca inicial identificou 158 estudos. Após leitura dos títulos e resumos, 44 artigos foram selecionados para leitura na íntegra. Destes, 15 atenderam aos critérios de inclusão e compuseram a amostra final da revisão. Os resultados indicaram que, no tratamento da NPIQ, programas de exercícios físicos multimodais demonstraram eficácia na redução dos sintomas, promovendo melhora do equilíbrio e da força muscular. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) foi eficaz no alívio da dor neuropática, e a acupuntura e ultrassom mostraram potencial promissor, embora ainda careçam de maior validação científica. Quanto às disfunções pélvicas pós-cirúrgicas, intervenções como o treinamento muscular do assoalho pélvico e uso de biofeedback foram efetivas na melhoria da função intestinal e no controle da incontinência fecal. Abordagens multidisciplinares, associando fisioterapia a suporte nutricional e psicológico, também apresentaram benefícios na recuperação funcional. Conclusão: Conclui-se que a fisioterapia exerce papel fundamental no manejo das complicações associadas ao CCR. A implementação de estratégias terapêuticas integradas e individualizadas mostra-se essencial para a otimização dos desfechos clínicos e a reabilitação global dos pacientes.
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Felipe Lima Rebêlo
raphaela farias teixeira
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