Introdução: O aumento da prevalência de demências associado ao envelhecimento populacional evidencia a necessidade de estratégias de cuidado integral. No contexto dos cuidados paliativos, a Fisioterapia surge como intervenção relevante para reduzir sintomas e favorecer qualidade de vida. Objetivo: Investigar, por meio de uma revisão integrativa, as evidências disponíveis sobre a atuação da Fisioterapia em pessoas idosas com demência sob cuidados paliativos. Metodologia: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases PubMed, SciELO, LILACS e PEDro, incluindo artigos publicados entre 2015 e 2025, em português e inglês. Foram incluídos estudos que abordassem intervenções fisioterapêuticas direcionadas a pessoas idosas com diagnóstico de demência em contexto de cuidados paliativos. Excluíram-se artigos que além das demências também tratassem de outras condições clínicas, além de estudos duplicados, editoriais e relatos de opinião. Os descritores utilizados para a busca foram “Fisioterapia”, “Demência” e “Cuidados Paliativos”, combinados pelo operador booleano AND. Resultados: Foram identificados 214 estudos, dos quais 52 atenderam aos critérios de inclusão. Após as fases de leitura dos títulos, dos resumos e, quando necessário, da leitura crítica na íntegra, 15 estudos compuseram a amostra final. A Fisioterapia foi descrita como eficaz no manejo da dor musculoesquelética, na prevenção de quedas, na manutenção da capacidade funcional residual, na redução de sintomas como rigidez e contraturas e dispneia. Estratégias de mobilização suave, exercícios respiratórios, posicionamento terapêutico e orientações a cuidadores foram amplamente relatadas. Observou-se também impacto positivo na diminuição da sobrecarga dos cuidadores. Entretanto, a maioria dos estudos apresentou caráter observacional e amostras reduzidas, evidenciando a necessidade de pesquisas mais robustas. Conclusão: A atuação da Fisioterapia em pessoas idosas com demência sob cuidados paliativos mostra-se essencial para controle de sintomas, preservação funcional e promoção de conforto. Contudo, ainda são necessários ensaios clínicos de maior rigor metodológico para fortalecer as evidências e subsidiar protocolos específicos para essa população.
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