Introdução: A realidade virtual (RV) tem se consolidado como ferramenta promissora na reabilitação motora. No entanto, ainda existem dúvidas sobre a necessidade de experiência prévia com ambientes virtuais para melhor adaptação e desempenho. Objetivo: Investigar a influência da experiência prévia em RV sobre o desempenho motor de idosos institucionalizados durante tarefas motoras virtuais. Metodologia: Ensaio clínico crossover, de abordagem quantitativa, realizado com idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILPI) em Maceió/AL. O estudo foi conduzido conforme a Resolução CNS 510/16, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário CESMAC (Parecer nº 6.756.569). A amostra foi calculada com base em Triola (1999), estimando-se 16 participantes (n=16). A coleta ocorreu no Laboratório Multidisciplinar do CESMAC e na ILPI Lar Francisco de Assis. Os idosos realizaram tarefas motoras em ambiente virtual, sendo classificados quanto ao desempenho motor em três categorias: bom, excelente e moderado, separados em dois grupos: com experiência prévia e sem experiência em RV. O teste qui-quadrado foi utilizado para análise estatística (p<0,05). Resultados: Entre os idosos com experiência prévia (n=7), observaram-se desempenhos bom (n=3), excelente (n=1) e moderado (n=3). Entre aqueles sem experiência (n=9), os desempenhos foram bom (n=5), excelente (n=2) e moderado (n=2). O teste qui-quadrado não demonstrou diferença significativa entre os grupos (p=0,672), indicando que a experiência prévia não influenciou o desempenho motor na RV. Conclusão: A experiência prévia em ambientes virtuais não exerce impacto significativo sobre o desempenho motor de idosos. Os achados sugerem que a RV é uma tecnologia intuitiva, que permite rápida adaptação e execução satisfatória de tarefas motoras, mesmo por indivíduos sem familiaridade prévia.
Comissão Organizadora
Felipe Lima Rebêlo
raphaela farias teixeira
Clarissa Cotrim Dos Anjos Vasconcelos
Franklin Danrley Rocha Silva Rafael
Comissão Científica