Introdução: As quedas impactam negativamente na funcionalidade, independência e qualidade de vida da pessoa idosa. Dentre as estratégias preventivas, os exercícios de dupla tarefa têm se destacado por associarem demandas motoras e cognitivas simultaneamente, favorecendo adaptações neuromusculares e melhora do controle postural em contextos funcionais do cotidiano. Objetivo: Investigar, por meio de uma revisão integrativa, as evidências disponíveis sobre a utilização de exercícios de dupla tarefa como estratégia de prevenção de quedas em pessoas idosas. Metodologia: Revisão integrativa realizada nas bases PubMed, SciELO, LILACS e PEDro, considerando artigos publicados entre 2015 e 2025, em português e inglês. Foram incluídos estudos que abordassem protocolos de dupla tarefa aplicados a pessoas idosas com foco na prevenção de quedas. Excluíram-se revisões narrativas, editoriais, estudos pilotos e relatos de opinião. Utilizaram-se os descritores “Idoso”, “Prevenção de Acidentes por Quedas” e “Exercício”, associados ao termo livre “Dupla Tarefa”, combinados pelo operador booleano AND.Resultados: Foram identificados 138 estudos, dos quais 61 atenderam aos critérios de inclusão. Após leitura do título, resumo e, quando necessário, análise crítica do artigo na íntegra, 12 estudos compuseram a amostra final. Os achados indicaram que os exercícios de dupla tarefa promovem melhora significativa no equilíbrio dinâmico, no tempo de reação e na velocidade da marcha, reduzindo o risco de queda. Intervenções que combinaram treino físico e estímulos cognitivos apresentaram resultados superiores em comparação a programas convencionais. Entretanto, os estudos variaram quanto ao protocolo utilizado, frequência e duração das intervenções, limitando a comparação entre achados.Conclusão: Os exercícios de dupla tarefa representam uma estratégia eficaz na prevenção de quedas em pessoas idosas, com potencial para aprimorar simultaneamente aspectos motores e cognitivos. Contudo, há necessidade de estudos clínicos randomizados de maior escala que permitam a padronização de protocolos e ampliem as evidências sobre sua aplicabilidade em diferentes contextos de saúde.
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