O uso de órteses é fundamental para indivíduos com distúrbios neuromusculoesqueléticos, contudo, as órteses
convencionais ainda apresentam limitações, como elevado custo, maior tempo de confecção e dificuldades relacionadas à adaptação. Nesse contexto, a impressão tridimensional (3D) tem surgido como uma tecnologia inovadora na área da saúde, especialmente como solução para produção de órteses personalizadas. Este estudo teve como objetivo revisar a literatura sobre a utilização da impressão 3D como tecnologia para a confecção de órteses. A pesquisa foi conduzida por meio de busca eletrônica nas bases PUBMED e SciELO, utilizando como descritores:
"órtese".
"impressão 3D" e "tecnologia
assistiva". Foram incluídos estudos transversais e experimentais, prospectivos e retrospectivos, publicados nos últimos sete anos, em inglês e português, envolvendo indivíduos usuários de órtese. As informações extraídas contemplaram dados demográficos, processos de confecção, medidas anatômicas e feedback comparativo após o uso de órteses produzidas por impressão 3D. Os estudos analisados destacam o potencial dessa tecnologia em oferecer dispositivos personalizados, confortáveis e com um bom custo-benefício, produzidos a partir de materiais leves, biodegradáveis, ventilados e com design ergonômico. Tais características garantem melhor adaptação anatômica, redução de custos e menor tempo de produção. A impressão 3D mostra-se especialmente relevante na confecção de órteses para punho e mão, tornozelo e pé, além de imobilizações funcionais. Os resultados evidenciam que a impressão 3D vem se consolidando como uma alternativa promissora frente aos métodos tradicionais, assegurando maior personalização, conforto, reprodutibilidade e menor custo de produção. No entanto, ainda há poucos protocolos padronizados para prescrição e uso clínico em larga escala, sendo necessários estudos com amostras mais amplas e metodologias padronizadas para consolidar sua aplicação na pratica assistencial e ampliar seu acesso aos pacientes. Além disso, favorecer a redução de custos e tempo de produção, aspectos fundamentais para ampliar o acesso aos recursos de reabilitação.
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