Introdução: A tontura é um dos sintomas mais prevalentes em pessoas idosas e pode comprometer de forma significativa a funcionalidade, a qualidade de vida e a percepção de segurança. Em instituições de longa permanência, onde a fragilidade é mais acentuada, a presença desse sintoma pode potencializar o medo de cair, fator associado à restrição de atividades, redução da mobilidade e maior risco de quedas recorrentes. Objetivo:Analisar a associação entre a presença de tontura e o medo de cair em pessoas idosas institucionalizadas no município de Maceió, Alagoas.Metodologia: Estudo transversal e descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário CESMAC (nº 1.127.419). A pesquisa foi conduzida em todas as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI’s) do município. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e funcionais, complementados por instrumentos específicos: o Dizziness Handicap Inventory (DHI), validado para o português, para avaliar o impacto da tontura; e a Falls Efficacy Scale – International (FES-I Brasil), para mensurar o medo de cair. A análise estatística utilizou correlação de Spearman e regressão logística multivariada, com nível de significância de 5% (SPSS v.20.0). Resultados: Foram avaliados 309 residentes das nove ILPI’s de Maceió, dos quais 187 idosos (102 mulheres e 85 homens) preencheram os critérios para inclusão. A média de idade foi de 77,7 ± 14,1 anos, com escolaridade média de 2,9 ± 3,5 anos. Os resultados apontaram correlação positiva e significativa entre DHI e FES-I (p < 0,01), indicando que maiores escores de tontura estiveram associados a níveis mais elevados de medo de cair. Conclusão: A presença de tontura está diretamente associada ao aumento do medo de cair em idosos institucionalizados, reforçando a necessidade de rastreamento sistemático desse sintoma e de estratégias fisioterapêuticas específicas para prevenção de quedas nesse contexto.
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Felipe Lima Rebêlo
raphaela farias teixeira
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