Introdução: Apesar dos avanços nos cuidados neonatais, a hospitalização prolongada é uma realidade para muitos recém-nascidos pré-termo e representa um desafio para o desenvolvimento neurocognitivo desses indivíduos, abrangendo o sistema nervoso central e periférico. Os recém-nascidos pré-termo, frequentemente submetidos à hospitalização prolongada em UTIN, enfrentam riscos ao desenvolvimento neurocognitivo e motor devido à imaturidade cerebral, estímulos inadequados e restrições de movimento. Essas condições podem atrasar marcos motores fundamentais, comprometer a autorregulação e afetar a interação social e a aprendizagem. Objetivo: Identificar como as dificuldades motoras afetam o cotidiano de crianças prematuras submetidas à hospitalização prolongada. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases PUBMED, SCIELO e ResearchGate, contemplando os últimos 15 anos. Foram incluídos artigos científicos originais, ensaios clínicos, revisões sistemáticas, estudos observacionais e meta-análises. Excluíram-se publicações duplicadas ou que não atendiam aos critérios metodológicos. Resultados: Foram encontrados 951 artigos, que, após a leitura e avaliação dos critérios metodológicos e das características das intervenções resultaram em apenas 8 artigos. A maior parte os estudos têm em comum o foco no desenvolvimento motor e neuropsicomotor de crianças, especialmente prematuras ou com condições médicas de risco, analisando como fatores biológicos, ambientais e terapêuticos influenciam esse desenvolvimento. Conclusão: A hospitalização prolongada exerce influência significativa no desenvolvimento motor e neuropsicomotor, podendo gerar atrasos que impactam diretamente a funcionalidade, a independência e a qualidade de vida dessas crianças. Há necessidade de mais estudo atualizado com protocolos fisioterapêuticos padronizados e intervenções precoces, visando minimizar os impactos adversos.
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Felipe Lima Rebêlo
raphaela farias teixeira
Clarissa Cotrim Dos Anjos Vasconcelos
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