Introdução- A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF),constitui-se como um importante marco para a compreensão da saúde a partir de uma perspectiva ampliada. Ela propõe uma abordagem biopsicossocial que considera não apenas as condições biológicas, mas também os fatores individuais e sociais que influenciam a funcionalidade humana, estabelecendo uma relação multidirecional entre saúde, incapacidade e participação social. No campo da Fisioterapia, a CIF representa um recurso fundamental para direcionar a avaliação e a intervenção clínica, além de favorecer a comunicação interdisciplinar e a padronização de linguagem entre profissionais de saúde. Reconhecendo sua relevância, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) recomenda desde 2009 que a CIF seja contemplada no ensino de graduação, como ferramenta essencial para a formação crítica e atualizada do futuro fisioterapeuta.Metodologia-Pesquisa exploratória com características qualitativas. Foram entrevistados docentes com graduação em fisioterapia com pelo menos um ano de docência. A pergunta norteadora foi pautada na percepção dos docentes sobre o ensino da CIF no curso de graduação em Fisioterapia. Para a avaliação das narrativas, utilizou-se a análise do discurso do sujeito coletivo. Resultados-Foram entrevistados 16 docentes, maioria do sexo feminino, com mais de 10 anos de docência. Baseando-se nas narrativas, identificaram-se três ideias centrais sobre o ensino da CIF: “È importante e necessário”; “Melhora o direcionamento do tratamento”; “Deve ser ensinada na graduação nas disciplinas práticas”. E uma ideia central sobre as principais dificuldades de inserir o ensino da CIF “Conhecimento aprofundado para o seu ensino”.Conclusão-Observa-se que os docentes, apesar de não possuírem um conhecimento adequado sobre a CIF, reconhecem que é necessário e importante o seu ensino para a formação do discente. Este conhecimento é, especialmente, importante para o acompanhamento do mercado de trabalho dentro de uma proposta interdisciplinar, a qual tem apresentado dificuldades de inclusão devido ao elevado desconhecimento dos profissionais.
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raphaela farias teixeira
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