Introdução: As quedas configuram-se como um dos principais problemas de saúde pública entre idosos, sendo relevante a avaliação desse risco para o melhor direcionamento de medidas preventivas. Nesse contexto, o desenvolvimento de sensores portáteis representa alternativa viável para avaliação precisa e acessível do equilíbrio. Objetivo: Descrever o desenvolvimento, a validação técnica e a fase pré-clínica de um sensor inovador para avaliação do risco de quedas em idosos, baseado na oscilação corporal. Metodologia: Estudo transversal de concordância diagnóstica entre um dispositivo em desenvolvimento e escalas funcionais validadas de equilíbrio. O protótipo foi construído com microcontrolador Arduino integrado a sensores inerciais (acelerômetro e giroscópio), fixado à região lombossacral do indivíduo. Os dados coletados foram transmitidos para um aplicativo móvel desenvolvido em React Native, capaz de processar e gerar gráficos bidimensionais (eixos X e Y) da oscilação corporal em relação a um ponto fixo. O protocolo experimental consistiu em avaliação estática por 30 segundos em ortostase, pés juntos e braços cruzados sobre os ombros. Testes iniciais contemplaram ajustes de hardware e software, com análise de estabilidade, autonomia e consistência dos dados gerados. Resultados: O dispositivo e o aplicativo foram desenvolvidos em parceria entre fisioterapeutas, matemáticos e profissionais de sistemas de informação. Na fase inicial, foram observadas falhas de bateria e carregamento de dados, solucionadas em ajustes subsequentes. Após correções, o sensor apresentou funcionamento estável, fornecendo medidas numéricas consistentes da oscilação corporal. A tecnologia demonstrou boa viabilidade técnica, fácil aplicabilidade e potencial para uso clínico. Atualmente, encontra-se em fase de recrutamento de idosos para validação clínica dos limiares de equilíbrio. Conclusão: O sensor desenvolvido demonstrou viabilidade técnica e aplicabilidade em fase pré-clínica, configurando-se como alternativa promissora, portátil e de baixo custo para avaliação objetiva do risco de quedas em idosos. A continuidade da validação clínica será fundamental para consolidar sua utilização em larga escala.
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