REPRESENTAÇÕES DA LOUCURA EM REDENÇÃO: MARCAS NO IMAGINÁRIO E NA PAISAGEM

  • Autor
  • José Rodrigues de Carvalho
  • Resumo
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    REPRESENTAÇÕES DA LOUCURA EM REDENÇÃO: MARCAS NO IMAGINÁRIO E NA PAISAGEM

     

    José Rodrigues de Carvalho

    Doutor em Geografia/UFG. Prof. Seduc/PA; Semec/Redenção

    Trabalho de pós-graduação

     

    Introdução: Percebi a dimensão da minha limitação para falar do tema loucura a partir do viés geográfico quando passei a buscar referencial para além da leitura da “História da Loucura” de Foucault. Foi a partir dessa tomada de consciência que procurei iniciar o esboço de uma descrição da loucura na paisagem urbana e no imaginário social da população de Redenção. Tomo a loucura nesse texto como uma psicopatologia, forma como ela passou a ser tratada com o advento da ciência moderna. O percurso metodológico escolhido, com uma parte empírica, foi uma experienciatentativa de exercitar – mesmo que minimamente – o ir à coisa mesma, nesse caso, a loucura, como ela se mostra, “conteúdo vivido de uma consciência doadora de sentido” (FERREIRA Jr., 2011, p. 31). Objetivo: A consciência que mencionamos é a que Husserl (1955) diz ser constituída por atos intencionais. Faróis com os quais viso os diferentes aspectos do mundo. A partir dessa consciência pretendo apresentar como a loucura aparece, ela mesma nas representações e na paisagem e à minha consciência. Metodologia: Tentando perceber a loucura realizamos leituras bibliográficas, conversas com pessoas (sexo feminino e masculino, adultas, de renda média e baixa); conversamos com sujeitos que têm parentes com algum tipo de transtorno mental patológico; visitei o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Redenção em três momentos. Nesses três momentos vimos, ouvimos, perguntamos, anotamos, fotografamos e procuramos viver sensações próprias de está ali envolvido com o objeto, mesmo sabendo do nosso propósito. Resultados: O prédio do CAPS II é “afastado”. Foi construído em uma área com poucas residências próximas, que se assemelha mais a um terreno baldio. Sua localização aponta indícios que ali há algo ainda indesejado pela sociedade, algo que precisa ser mantido longe, confinado ao isolamento, como apontou Foucault na sua obra “História da loucura na idade clássica”. As duas entradas abertas do prédio, sugerem liberdade a quem para ali se dirige em busca de ajuda. No entanto, parte da liberdade se restringe até o sujeito aceitar se comprometer a fazer sua parte no processo de tratamento, como explicou uma profissional especializada do Centro. Aceitar ser tratado/a significa aceitar estar com a mente doente. O ambiente interno do Centro é acolhedor e não contêm nada que lembre sofrimento. O que se ver nas paredes são mensagens de boas vindas e uma decoração com flores artificiais e motivos musicais. Considerações: A partir dos depoimentos e da forma como os sujeitos acometidos de perturbação se colocam na paisagem, podemos inferir que a loucura não é vivida, sentida e pensada de forma uniforme nos contextos e espaços sociais, mas existe um lugar social construído - pelo discurso científico, como diz Foucault – para as pessoas que vivem a condição de “louca”.

    Palavras-chave: Consciência. Espaços Sociais. Psicopatologia. Transtorno Mental.

     

  • Palavras-chave
  • Consciência. Espaços Sociais. Psicopatologia. Transtorno Mental.
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