Introdução: a adolescência é tida como uma fase de amadurecimento sexual onde o indivíduo muitas vezes não utiliza métodos contraceptivos, abrindo portas para doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez precoce. A gravidez nesta fase vem crescendo exponencialmente no país, revelando inaptidão do adolescente para o início da atividade sexual, bem como para consequências fisiológicas e sociais vinculadas a este processo (FERREIRA, et al, 2012). Objetivo: objetivo deste estudo foi avaliar o nível de conhecimento de adolescentes sobre métodos contraceptivos com o foco na prevenção de uma gravidez precoce e de doenças sexualmente transmissíveis. Os objetivos específicos deste estudo compreendem identificar a importância da utilização de contraceptivos e comparar o conhecimento dos métodos contraceptivos entre gêneros feminino e masculino. Método: o estudo é do tipo transversal comparativo quantiqualitativo. Foi aplicado um questionário a adolescentes de 15 a 18 anos de idade de uma escola de ensino médio do município de Redenção, Pará. Os dados quantitativos foram analisados e representados em medidas de frequência e medidas centrais e os dados qualitativos foram analisados e categorizados com base na literatura sobre o tema. Esta pesquisa foi submetida e aprovada por Comitê de Ética. Resultados: 100% da amostra referiu conhecer o preservativo masculino e o contraceptivo oral de emergência como métodos de contracepção. Entre os meninos, o contraceptivo hormonal oral diário foi o terceiro mais referido, enquanto entre as meninas, apenas 20% da amostra citou esse método de contracepção como conhecido. No que se refere à fonte de informação sobre métodos de contracepção, os pais e os amigos foram os mais referidos pelos participantes, e o local mais propício para o diálogo sobre o assunto foi a escola. Quando indagados sobre a importância da utilização dos métodos contraceptivos, ambos os grupos estudados referiram ser um tipo de autocuidado, prevenindo a gravidez precoce e a transmissão de doenças. Discussão: o preservativo de látex, principalmente o masculino, é amplamente difundido na sociedade, e é o contraceptivo de primeira escolha de muitos, pois confere proteção tanto para a gravidez como para doenças transmitidas pelo ato sexual (FIELDER et al, 2015). A troca de conhecimentos entre os adolescentes é uma prática extremamente comum, e que pode ser um fator de vulnerabilidade desse grupo, visto que a troca de experiências entre os adolescentes podem ser usadas como forma de integração, porém podem comprometer a validade das informações, além de influenciar o comportamento sexual do adolescente (PATIAS e DIAS, 2014). Considerações finais: percebe-se que os adolescentes possuem conhecimentos sobre métodos de contracepção básicos e de emergência, enquanto métodos mais complexos foram menos referidos pelos adolescentes. Os mesmos são capazes de identificar riscos de exposição a doenças bem como a gravidez. No estudo, denota-se a importância da educação em saúde e do diálogo sobre métodos de contracepção nas escolas. Este é um local onde o adolescente passa boa parte do seu tempo e que nele compartilha suas experiências com amigos, tornando-se um local propício para realizar ações de educação em saúde para estes jovens.
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