Introdução: o estresse é tido como uma ocorrência inevitável da vida, sendo comum senti-lo no dia a dia, em locais da rotina. Porém, quando ocorre de forma exacerbada, sobressaindo aos recursos de enfrentamento, pode causar prejuízos à saúde. Ele pode tanto surgir em respostas rápidas quanto se desenvolver de forma crônica, onde pode ocorrer o surgimento da Síndrome de Burnout, caracterizada pela exaustão emocional, despersonalização e realização profissional reduzida. O estresse ocupacional decorre da dificuldade do indivíduo em atender as demandas do seu trabalho, ocasionando um sofrimento psíquico, mudanças no comportamento e sentimentos negativos. Em relação aos docentes, com ênfase no ambiente universitário, estes vêm excedendo os limites da sua função, devido, principalmente, a fatores advindos da instituição de ensino. Os relacionamentos do ambiente acadêmico, entre professor e aluno e professor e administração, também podem influenciar no aparecimento, ou não, do estresse. Além do mais, as condições de trabalho do docente geram uma mobilização de suas capacidades física, cognitiva e afetiva, reivindicando uma hiper-utilização de suas funções psicofisiológicas. Dessa forma, deixando-o mais vulnerável ao estresse. Objetivo: a pesquisa objetivou analisar o nível de estresse entre docentes de enfermagem atuantes no ensino superior. Metodologia: a pesquisa é primária, qualitativa, observacional e prospectiva. Segue de modo transversal, a fim de descrever as características de um grupo específico. O estudo foi realizado na Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida (FESAR), localizada na cidade de Redenção, com uma amostra composta por 21 professores do curso de Enfermagem, de ambos os sexos e atuantes na instituição no ano de 2019. Foi utilizado como instrumento de coleta o Maslach Burnout Inventory – General Survey (MBI-GS), que é utilizado para mensurar Burnout em um contexto ocupacional de trabalho. O MBI-GS apresenta três dimensões: exaustão emocional (EE), referente à fadiga e esgotamento de energia emocional; cinismo (CI), referente à indiferença ou distância do trabalho; eficácia no trabalho (ET), referente às expectativas no trabalho. Resultados: as variáveis referentes à EE apresentaram uma média geral de 2,1, valor considerado moderado, CI apresentou média 0,51, considerada baixa, e ET média 5,41, considerada alta. Considerações: constatou-se que a amostra apresenta-se sobrecarregada e com excesso de trabalho, sendo propensa a fadiga e esgotamento de energia emocional. Além disso, a amostra demostrou se sentir esgotada após um dia de trabalho.
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