INTRODUÇÃO: Alguns parâmetros físico-químicos do leite são utilizados como meio de determinação de fraude, a quantidade de gordura é um deles. A legislação brasileira, através da Instrução Normativa 76/2018, permite um teor mínimo de 3,0 g/100g de gordura no leite. Por isso, conhecer a quantidade de gordura presente no leite comercializado na região sudeste do Pará é importante. OBJETIVO: Quantificar a porcentagem de gordura do leite coletados em tanques de expansão no Sudeste Paraense. METODOLOGIA: As amostras foram coletadas entre Março e Abril de 2019 em cada propriedade onde estavam localizados os tanques e analisadas no Laboratório de Controle de Qualidade de um laticínio, na cidade de Conceição do Araguaia-PA. Foram coletadas 90 amostras de leite no total. A separação e a quantificação da gordura foram realizadas por meio de tratamento com 10 mL ácido sulfúrico para cada amostra, 11 mL do leite analisado e 1,0 mL de álcool isoamílico, sendo colocados em butirômetro na ordem descrita. Levado à centrífuga por cinco minutos e após o termino foi transferido para banho-maria a 65ºC por 5 minutos e logo após foi realizado a leitura e interpretação do resultado. RESULTADOS: O valor médio da porcentagem de gordura nas amostras de leite encontrado foi de 3,72, variando de 3,66 a 3,79 entre as diferentes localidades encontradas. Quando analisamos as diferenças dos tipos de tanque de expansão, o tanque de expansão coletivo apresentou teor de gordura maior quando comparado com o tanque de expansão individual (3,80 e 3,65, respectivamente). CONSIDERAÇÕES: Por meio das análises físico-químicas, constatou-se que a porcentagem de gordura do leite comercializado na região está dentro do padrão que exige a IN 76. E há uma pequena variação da composição do leite nos locais de coleta. Esse resultado pode estar relacionado ao manejo, raça, idade dos animais e problemas ambientais. Melhorando a qualidade do rebanho, fazendo um controle zootécnico e investindo em melhorias, o produtor pode ganhar mais pela qualidade do leite.
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