AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A EPISÓDIOS DE LEISHMANIOSE EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO PARÁ, BRASIL

  • Autor
  • Antonia Janayara Viana Lima
  • Co-autores
  • Valcymeire Almeida Miranda Ermeto , Marcia Juciele Rocha
  • Resumo
  •  

    Introdução: A leishmaniose é uma doença endêmica de transmissão vetorial e de grande importância mundial, nacional e regional sendo classificada nas formas visceral e tegumentar. No Brasil, atualmente o estado do Pará tem apresentado um aumento significativo de casos dessa parasitose. Esse aumento pode estar associado a presença do vetor no perímetro urbano. Os fatores de riscos associados à transmissão vetorial da leishmaniose estão relacionados às condições de vida nos arredores dos domicílios, áreas com sombreamento, materiais orgânicos em decomposição, lixos, fezes, bem como carência de infraestrutura e migração. Objetivo: Avaliar os fatores de riscos associados a episódios de leishmaniose em um município do sul do Pará, Brasil. Metodologia: A pesquisa é do tipo prospectiva, descritiva e quantitativa realizada por meio de um check-list com os principais fatores de risco para a propagação do vetor da leishmaniose. Os fatores de risco são: presença de vegetação; tipo de vegetação; presença de curso d’água; presença de lixo/entulho; presença de material orgânico; presença de sombreamento; presença de ambiente úmido; presença de esterco e presença de cães errantes. A pesquisa foi realizada em quatro bairros do município de Floresta do Araguaia-PA, selecionados a partir dos números de casos de leishmaniose ocorridos de acordo com o banco de dados municipal do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no ano 2018. A amostragem total foi de 200 terrenos baldios observados nos bairros Vila Nova I, Vila Nova II, Aeroporto e Bananal. Após a realização da coleta de dados, os mesmos foram transcritos para o programa Microsoft Excel, tabulados para posterior realização da análise estatística descritiva e cálculo de dispersão. Resultados Parciais: Observou-se nos lotes baldios que 2 fatores de risco dos 9 prevaleceram em todos os bairros, sendo eles, a presença de vegetação (26,54%) e presença de lixo/entulho (24,80%). A presença de vegetação estava presente em todos os 50 (6,67%) lotes dos bairros Vila Nova I, Aeroporto e Bananal. Já a presença de lixo/entulho obteve uma maior frequência nos bairros Vila Nova I, Vila Nova II e Aeroporto, com 6,13%, 6,4% e 6,53%, respectivamente. A presença de cães errantes obteve a menor porcentagem (0,63%) entre os fatores de risco. Constatou-se também, que nenhum lote apresentou todos os 9 fatores de risco, porém o bairro Aeroporto apresentou uma maior porcentagem (27,86%) perante os demais. Além disso, pode-se observar que há uma inclinação dos casos de leishmaniose com os fatores de risco, mas com um coeficiente de determinação próximo a zero (0,29). Considerações: Mediante os resultados obtidos, foi evidenciada uma alta prevalência dos fatores de risco, principalmente no setor Aeroporto. Destes fatores de risco os que se destacaram foram a presença de vegetação e lixo/entulho. Entretanto, pode-se observar que os fatores de risco presentes nos lotes baldios não estão diretamente relacionados aos casos de leishmaniose registrados nos locais no ano de 2018. Portanto, conclui-se que a presença desses fatores pode contribuir para a proliferação do vetor e consequentemente para o aumento dos casos de leishmaniose no município e regiões vizinhas, porém não são os principais.

  • Palavras-chave
  • Leishmaniose; Fatores de risco; Zoonoses; Epidemiologia; Ecologia do vetor; Lutzomyia.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Saúde e meio ambiente
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